Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
D'Ugo Junior, Roberto [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/242667
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Resumo: |
Esta pesquisa investiga processos e procedimentos presentes na criação de obras originais de radioarte. O trabalho artístico do próprio autor é o foco principal desta tese-criação cujo objeto é uma arte acústica mediatizada, de natureza polimórfica, híbrida e transgressiva, sem definição absoluta. A investigação assume um caráter orgânico, baseada em abordagens de um saber encarnado. A escrita, uma experiência. A genealogia da radioarte pode ser traçada desde o início do século XX, no encontro do rádio com as vanguardas artísticas. Ao longo da história desse veículo de comunicação de massa, a experimentação estética esteve sempre presente. Para além da radiofonia pública, cultural e educativa, a expressão artística em linguagem radiofônica pode hoje encontrar seu público nas novas práticas de produção, distribuição e consumo de áudio, como o podcasting. Na inaudita diversidade que caracteriza a audiosfera digital percebida na Internet, movem-se constelações de inclassificáveis criadoras e criadores sonoros. Este trabalho deu origem a um corpo de peças que pode ser dividido em dois grupos: sete miniaturas (2018-2021) e três peças mais longas, articuladas como três painéis sonoros: M.A.R. (2019), CriptoSonido: Aleph (2019/2020) e Fica Comovido (2021/2022). Repetição e o emprego de técnicas de montagem de registros documentais caracterizam as composições. O encontro das obras com o público, com uma comunidade de ouvintes ativos, corresponde a uma etapa importante da proposta. A expectativa foi criar obras que permitam a evocação de conhecimento não discursivo, explorando potencialidades imagéticas, cinéticas e sinestésicas do som mediatizado. Processo artístico e compreensão teórica foram abordados de maneira dialógica e eclética, a partir do reconhecimento de um saber operativo e do desejo de produção de presença. Magia e técnica, ciência e arte, iconicidade e abstração, correspondências e deslocamentos – estas foram algumas das ideias trabalhadas. A radioarte como possibilidade de entreouvir, desvelar e interpretar aspectos discretos ou ocultos da realidade. Nesta investigação, está subjacente a defesa de uma tipologia específica de arte acústica, que nasce e/ou deriva de ambientes e meios técnicos de difusão sonora, mais especificamente de práticas relacionadas à comunicação radiofônica. |