Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Vassoler, Aline Mara de Oliveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/139429
|
Resumo: |
O padrão silábico CCV apresenta maior grau de complexidade articulatória se comparado a outros tipos silábicos (CV ou VC), contribuindo para sua aquisição mais tardia. Algumas crianças não conseguem adquirir o padrão CCV na idade esperada, reduzindo a sílaba CCV para CV. À luz da Fonologia Gestual (FonGest), a produção de sílabas CV envolve um padrão de coordenação mais estável entre os gestos articulatórios da C e de V, enquanto a produção de sílabas CCV envolve um padrão de coordenação gestual mais complexo e menos estável. As simplificações de CCV para CV estão associadas à sobreposição dos gestos adjacentes e/ou à redução da magnitude dos gestos. O objetivo foi investigar e descrever, à luz da FonGest, o padrão de coordenação gestual imbricado na produção dos padrões silábicos do tipo CCV versus CV de crianças típicos e atípicos. As hipóteses foram: H1 - a produção de CV e CCV das crianças típicas apresentariam diferentes medidas ultrassonográficas e acústica (duração); H2 - as medidas ultrassonográficas e acústica poderiam diferenciar a condição clínica das crianças; H3 - as crianças com produção atípica poderiam apresentar diferenças nas medidas ultrassonográficas e acústica na comparação da produção das sílabas CCV e CV, ainda que CCV tenha sido julgada auditivamente como CV. Dez crianças (cinco com desenvolvimento fonológico típico e cinco atípico) gravaram nove pares de palavras as sílabas: CCV e CV. As imagens e os áudios, capturados pelo programa Articulate Assistant Advanced, foram submetidos à análise oitiva, à análise acústica, ao julgamento qualitativo e quantitativo das imagens ultrassonográficas. A análise de oitiva e a análise qualitativa dos vídeos foram realizadas por três juízes especialistas. A análise quantitativa foi feita a partir da extração de medidas oriundas do contorno da língua: distância da ponta da língua (PL), da lâmina da língua (LL) e do dorso da língua (DL) até o limite inferior e medida da área correspondente entre a ponta e a lâmina da língua. Para normalizar as medidas ultrassonográficas absolutas relativas à distância, os valores foram transformados em medidas de razão. As medidas de duração e as medidas articulatórias foram analisadas pela ANOVA de medidas repetidas. A H1 foi corroborada parcialmente pelos parâmetros ultrassonográficos e acústicos, na medida em que as razões PL/LL, PL/DL e LL/DL e a duração diferenciaram o padrão silábico, indicando que as crianças típicas produzem a sílaba CCV diferente de CV. A H2 foi parcialmente confirmada pelas razões entre PL/DL e LL/DL e a medida de área entre a PL e LL, além disso, apresentaram valores superiores nas produções das crianças atípicas. A H3 também foi parcialmente corroborada pelas razões entre PL/DL e LL/DL e pela área entre a PL e DL, que diferenciaram as sílabas CCV e CV realizadas pelas crianças atípicas, ainda que suas produções de CCV tenham sido julgadas como CV. Os resultados articulatórios sugerem a presença de elevação da ponta da língua para produzir a tepe com magnitude reduzida e os achados acústicos sugerem a não sobreposição dos gestos na produção de CCV. Adicionalmente, no grupo de crianças atípicas, os resultados revelam a presença de gestos indiferenciados na produção de CCV. |