Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Valmorbida, Mylena Karoline |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202784
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Resumo: |
A mastite é umas das mais importantes enfermidades que acometem a bovinocultura leiteira e pode ser causada por diferentes patógenos amplamente difundidos, sendo que o mais importante deles é a bactéria Staphylococcus aureus. O S. aureus possui diferentes mecanismos para conseguir sobreviver no organismo dos animais infectados, dentre eles, diversos fatores de virulência e de resistência, produzidos respectivamente, para tentar evoluir o processo infeccioso e resistir aos diferentes princípios ativos de antimicrobianos utilizados numa tentativa de tratamento. Mediante essas informações os principais objetivos deste trabalho foram pesquisar genes de virulência e resistência a antimicrobianos de 65 estirpes de S. aureus de amostras de leite mastítico provenientes da cidade de Concórdia - Santa Catarina, assim como caracterizar a similaridade genética entre as estirpes. Essas estirpes inicialmente foram testadas quanto à presença da coagulase livre e logo depois foram submetidas à PCR para confirmação do gênero bacteriano, pela presença do gene tstag, e confirmação da espécie, pela pesquisa do gene cydB. Para a confirmação final da espécie bacteriana foi realizada a técnica de MALDI-TOF. Pesquisou-se os genes de virulência relacionados ao choque tóxico (tsst-1), enzima coagulase (coa) e enterotoxinas (sea, seb, sec, sed, see, seg, seh, sej). Posteriormente, foram pesquisados genes de resistência aos antimicrobianos, como os genes de resistência a aminoglicosídeos (mecA), a betalactâmicos (blaZ), a tetraciclina (tet) e o gene da resistência à eritromicina (ery). A caracterização da resistência fenotípica, foi realizado o Teste de Susceptibilidade aos antimicrobianos (Antibiograma). A Eletroforese em Gel de Campo Pulsado (PFGE) foi realizada para investigação da similaridade genética das estirpes. Neste trabalho, 88% dos isolados amplificaram o gene cydB e o gene coa apresentou 93,84% de amplificação. Cinco das oito enterotoxinas pesquisadas foram amplificadas, sendo elas: sec 3,07%, seg 6,15%, see 7,69%, seh 23,07% e sei 53,84%. Esses achados reforçam o alarme sobre as intoxicações alimentares que possuem alta prevalência nos seres humanos. As estirpes apresentaram alto grau de resistência no teste de antibiograma, sendo a Penicilina e a Tetraciclina com os maiores índices de resistência apresentados. Porém, na pesquisa dos genes de resistência relacionados, foi observada baixa frequência desses genes. Os isolados também apresentaram alto grau de variabilidade genética quando analisado o teste de PFGE. Os resultados obtidos são fundamentais para mostrar a importância desse agente no sistema produtivo leiteiro que possui alta prevalência, causando graves prejuízos. Fato que alerta sobre a tomada das devidas medidas de controle e prevenção da doença. |