Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Serva, Fernanda Mesquita [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191811
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Resumo: |
Esta pesquisa foi desenvolvida junto ao Programa de Pós-graduação em Educação, na linha de pesquisa “Políticas Educacionais, Gestão de Sistema e Organizações, Trabalho e Movimentos Sociais”, na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, UNESP, campus de Marília e teve como objetivo investigar como a política de curricularização da extensão universitária pode influenciar no aprimoramento da aprendizagem e do currículo nas universidades, a partir da abordagem do ciclo de políticas de Bowe, Ball e Gold (1992) e Ball (1994). A tese utilizou-se de pesquisas bibliográficas, documental e qualitativa, em documentos oficiais e não-oficiais relacionados ao ensino superior e à extensão universitária, além dos PDIs das universidades filiadas aos Fóruns Nacionais de Extensão. Buscou-se, neste sentido, compreender a função da Universidade, demonstrando que o seu principal objetivo deve ser produzir um conhecimento “pluriversitário” (SANTOS, 2011) e torná-lo acessível (BOTOMÉ, 1996) para os alunos, em uma mútua experiência de troca de saberes com a comunidade. Além disso, o trabalho analisou a indissociabilidade que deve existir entre o ensino, a pesquisa e a extensão, especialmente, o percurso da extensão universitária no Brasil, o qual foi marcado por um amadurecimento conceitual que sofreu grande influência dos Fóruns Nacionais de Extensão, tanto na elaboração dos Planos Nacionais de Educação 2001-2010 e 2014-2024, quanto no estabelecimento das Diretrizes Curriculares para a Extensão Universitária (DCEU) aprovadas pela Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, do Conselho Nacional de Educação, as quais representaram um importante marco regulatório na curricularização da extensão universitária. As políticas públicas de curricularização da extensão universitária foram analisadas a partir da abordagem do ciclo de políticas de Bowe, Ball e Gold (1992) e Ball (1994), com o fim de demonstrar como os contextos de influência, de elaboração de texto e de prática permitiram que tais políticas fossem elaboradas, redigidas, colocadas em prática e geraram novas políticas públicas, numa relação cíclica. Ainda, a partir dos ensinamentos de Sacristán (2000) e sua teoria do currículo, foi demonstrado que, na verdade, existe um processo curricular, que vai muito além do currículo prescrito. Com a finalidade de ilustrar a implantação da extensão universitária nos currículos de uma Universidade e obter informações sobre condução deste processo, foi feita uma entrevista com questões semiestruturadas (MARCONI; LAKATOS, 2002) que permitiu identificar potencialidades e fragilidades da curricularização da extensão universitária. Por fim, conclui-se que a curricularização representa uma conquista dos defensores da extensão universitária e uma grande oportunidade para que as universidades, bem como as demais IES, possam promover uma educação transformadora, o que somente será possível a partir de uma verdadeira reconstrução curricular e não apenas um rateio de créditos. Tal conquista, contudo, é temporária e dependerá de uma eterna vigilância em sua defesa. |