Reflexões e Práticas Estudantis na Extensão em Letras na UEPG: possibilidades para a curricularização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Patricio, Clara do Prado lattes
Orientador(a): Couto, Ligia Paula lattes
Banca de defesa: Deus, Sandra Fatima Batista de lattes, Braga, Lucimar Araujo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
Departamento: Departamento de Estudos da Linguagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3859
Resumo: Nesta dissertação, investigo e busco compreender o cenário extensionista dos cursos de Letras da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) para, a partir disso, apresentar contribuições para a discussão sobre a curricularização da extensão nesse contexto, atendendo à Resolução CNE/CES n. 7, de 2018. Constitui-se de um estudo de caso, sustentado em trajetórias metodológicas que têm dimensões teóricas, com a revisão bibliográfica e documental, que perpassa a constituição da universidade e extensão no Brasil, bem como o reflexo da colonialidade nesse estabelecimento e nos processos de validação de saberes. Essa reflexão encaminha os procedimentos adotados na etapas de coleta, análise de dados e síntese, organizadas pela sistematização de experiência (HOLLIDAY, 2006), que contemplam cinco eixos: concepção da extensão; acesso e informação sobre extensão universitária; referências de extensão universitária nos cursos de Letras e na UEPG; disciplinas de Práticas articuladoras e a extensão universitária; e conhecimento da curricularização da extensão universitária. Com isso, as respostas compuseram um corpo de informações que demonstram que, ao longo do curso, estudantes de Letras convivem com o estranhamento, na mesma medida em que desenvolvem uma aproximação crescente com práticas extensionistas, sem que a participação alcance a totalidade de alunas e alunos em nenhum momento, o que contrapõe a expectativa documental (UEPG, 2015), dada a presença das disciplinas de Práticas articuladoras desde sua última reformulação curricular, em 2015, que prevê o ensino, pesquisa e extensão. Além disso, há heterogeneidade nas respostas referentes à concepção e ao papel da extensão universitária, presentes no conteúdo trazido por primeiro e último anistas, o que demonstra uma lacuna na compreensão sobre o que é extensão, qual(is) perspectiva(s) de extensão se adota, o que se considera extensão e quem faz extensão, por parte de discentes, docentes, agentes e comunidade universitária. Associa-se a isso a ausência de divulgação consistente dos projetos e programas de extensão de Letras e da UEPG, ao longo do ano e em espaços e conversas formais e informais. O desenho desse cenário extensionista indica que uma parte significativa do caminho para a curricularização da extensão nos cursos de Letras da UEPG já foi traçada, entretanto, há impasses institucionais e das identidades discentes e docentes identificados que precisam ser discutidos interna e externamente para que, ao atender a Resolução CNE/CES n. 7, de 2018, atenda-se também aos documentos do curso, da universidade, e dos órgãos competentes, que apresentam diretrizes para a prática extensionista, sim; mas contemplem, além disso, uma perspectiva crítica alinhada às demandas sociais, com propostas dialógicas, contínuas, socialmente relevantes, que articulem o ensino, pesquisa e extensão e que fortalecem a relação recíproca entre universidade e sociedade.