Voz, vida que pulsa: o processo criativo da Cia do Tijolo no espetáculo Guará Vermelha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Petry, Adriana Agostini Mello [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257994
Resumo: Este trabalho tem como tema o processo criativo da Cia do Tijolo em seu espetáculo Guará vermelha. Fundamentado em autores como Adriana Cavarero, Paul Zumthor e Paulo Freire, o estudo tem como principal foco a natureza da voz, mostrando como o modo de fazer reverberou nas vozes, quais aspectos as contagiaram e como elas surgiram na criação. Inspirado no livro O voo da guará vermelha, de Maria Valéria Rezende, o espetáculo nasceu a partir do diálogo dos artistas com a obra. A dramaturgia foi construída coletivamente, considerando os corpos presentes na criação e o que pulsa através das suas vozes, abrangendo desta maneira suas origens, influências, vivências, pontos de vista, posicionamentos políticos e importâncias. Percebeu-se como este modo de criar atua na presença dos corpos e das vozes em cena. Tanto para Maria Valéria Rezende, como para a Cia do Tijolo, as vozes são um elo comum, provocam encontro, alimentam a alma e têm a potencialidade de transformar o mundo. Neste espetáculo, músicos e atores compartilharam do mesmo espaço de criação, e desta maneira as canções e as cenas nasceram durante o processo criativo, uma contagiando a outra. Nesta maneira de criar, foi preciso ser propositivo e ao mesmo tempo disponível para acolher e jogar junto; brincar, afinar e ir experimentando até encontrar o sentido vindo do fazer. O estudo ressalta a importância de se instaurar um processo criativo que permita a manifestação da singularidade das vozes.