Métodos alternativos aos mamíferos para avaliação da toxicidade do ácido gálico em solução e em formulação cosmética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Samanta de Matos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/197729
Resumo: O envelhecimento cutâneo é um processo natural que possui causas internas e externas, dentre elas encontra-se o aumento do estresse oxidativo do organismo que gera danos celulares permanentes. Para minimizar os efeitos das espécies reativas de oxigênio (EROs), os antioxidantes são utilizados para neutralizar estas moléculas e retardar o envelhecimento cutâneo. Novas pesquisas vêm ocorrendo na busca de novas moléculas com atividade antioxidante, sobretudo busca-se substâncias de origem natural que possuam eficácia antioxidante comprovada. Nesse sentido, o ácido gálico (AG), metabólito secundário de vegetais, demonstrou alta capacidade antioxidante, sendo um ativo promissor para formulações cosméticas. Além de sua alta eficácia antioxidante, o AG possui atividade antifúngica, antimicrobiana, antiviral e anti-inflamatória que associadas aos cosméticos trariam grandes benefícios aos consumidores. Para que um novo produto cosmético seja incorporado ao mercado são necessários ensaios que demonstrem sua segurança ao consumidor. Em razão disso, ensaios de toxicidade, corrosão e irritação são realizados para garantir que o produto esteja salvo de tais reações ao ser humano. Estes ensaios possuem o histórico de terem sido realizados em animais mamíferos, contudo, devido a questões éticas, estas metodologias vêm sendo substituídas por métodos alternativos. Dentre os métodos alternativos disponíveis atualmente encontram-se culturas celulares, o nematoide Caenorhabditis elegans e o inseto Galleria mellonella. O presente estudo teve como objetivo avaliar a toxicidade do AG nestes métodos e modelos alternativos aos mamíferos. Para os ensaios de citotoxicidade utilizou-se das linhagens celulares de queratinócitos humanos (HaCaT), fibroblastos de derme humana (HDFa) e de hepatocarcinoma humano (HepG2). O ensaio de toxicidade com C. elegans foi realizado por contato com o AG em solução e G. mellonella foi submetido à avaliação da toxicidade do AG em solução administrada por via injetável e em emulsão óleo/água aplicada nas larvas através da via tópica. Concluiu-se que o modelo C. elegans demonstrou maior sensibilidade ao AG, seguido das linhagens celulares HaCat, HepG2 e HDFa, respectivamente. Galleria mellonella se mostrou uma metodologia promissora para ensaios de toxicidade de cosméticos por via tópica, sendo necessárias pesquisas futuras que validem sua utilização.