Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Frias, Juliana Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250088
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Resumo: |
A busca por ingredientes inovadores e com apelo para saúde tem norteado o desenvolvimento atual de formulações para cães, visando ganhar espaço nas decisões de compra dos consumidores. A presente dissertação está estruturada em dois capítulos. O Capítulo 1 teve como objetivo apresentar uma visão geral sobre carboidratos e ervilha. O Capítulo 2 teve como objetivos avaliar a inclusão de farinha de ervilha descascada (FE) sobre o processo de extrusão, formação dos kibbles, coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes, produtos de fermentação nas fezes, saciedade dos alimentos e respostas pós-prandiais glicose e insulina em cães. Foram utilizados 24 cães distribuídos em três tratamentos: controle – dieta a base de quirera de arroz (QA); FE50 – substituição de 50% de QA por FE; e FE100 – substituição de 100% de QA por FE. O estudo seguiu delineamento em blocos casualizados, com 2 blocos de 12 animais, 3 dietas experimentais, sendo 4 cães por dieta em cada bloco, totalizando 8 repetições por dieta. Os dados de extrusão, digestibilidade, características das fezes e saciedade foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas por contraste polinomial em função da inclusão de FE. As respostas pós-prandiais foram avaliadas por análise de variância de medidas repetidas no tempo. Valores de P<0,05 foram considerados significativos. A inclusão de FE reduziu a transferência de energia mecânica e a expansão dos kibbles, com aumento da densidade aparente e da gelatinização do amido (P<0,05). Houve redução linear da digestibilidade aparente da matéria seca, gordura e energia das rações (P<0,05), sem alterar a digestibilidade da proteína bruta (P>0,05). A produção e o teor de umidade das fezes aumentaram, com redução linear do seu pH (P<0,05), sem alterar o escore fecal (P<0,05). As concentrações de acetato, propionato e lactato aumentaram de modo linear nas fezes (P<0,05), com redução linear da amônia, isobutirato e butirato (P<0,05). Ao teste de saciedade o consumo da dieta experimental não variou, mas houve aumento linear do consumo da dieta desafio com o aumento da FE nas dietas (P<0,05). Cães que consumiram a dieta FE100 apresentaram menor área abaixo da curva de glicose inicial (60 aos 180 minutos) e total (0 aos 720 min) que os alimentados com a ração controle (P<0,05), sem alterações na secreção de insulina (P>0,05). O menor teor de amido e maior de fibra da FE justifica as alterações em extrusão e formação dos kibbles, digestibilidade dos nutrientes e respostas de glicose. A fibra da FE demonstrou ser fermentável, aumentando os ácidos graxos de cadeia curta e reduzindo a amônia das fezes. Em conclusão, a farinha de ervilha descascada demonstrou ser ingrediente adequado a dietas com digestibilidade controlada da energia e para cães que se beneficiariam de maiores teores de fibra fermentável e fonte de carboidrato com menor resposta glicêmica pós-prandial. |