Análise sobre a política de supremacia papal de Bonifácio VIII, frente à autonomia nacional da França de Felipe IV (1296-1303)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Melin, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182330
Resumo: Propomo-nos, neste trabalho, a analisar os tratados políticos que discutem as teorias acerca da hegemonia dos poderes dentro do Ocidente medieval. Para isso, utilizaremos de fontes diretas da diplomacia papal, as bulas e as produções intelectuais de pensadores políticos que se formulam no decorrer da querela entre Bonifácio VIII e Filipe IV de França (1296-1303). Percebemos que, nessas fontes, o desenvolvimento e enriquecimento das ideias políticas, ou mesmo a idealização de modelos de governo, é resultado de um aparato histórico e legal, seja no Direito Canônico ou no Direito Romano. Tais produções intelectuais estão situadas e interligadas à lei, pois partem de uma concepção teleológica da sociedade. Desse modo, tencionamos neste trabalho analisar o fortalecimento da Monarquia francesa como representante do poder temporal, utilizando a obra de João Quidort, “De regia potestate et papali”, que nos apresenta a distinção dos poderes e suas funções, contrapondo a obra “ecclesiastica De potestate”, de Egídio Romano, a qual representa o auge da plenitude do poder papal e a obra “De Monarchia”, de Dante Alighieri, que expõe um modelo de governo singular, embora tenda a defender a hegemonia temporal.