Preconceito contra filh@s adotad@s por famílias homoparentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Soares, Patrícia Damiana de Oliveira Pereira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210926
Resumo: Ao longo da história, as diversas sociedades existentes se responsabilizaram por ditar convenções/padrões sociais nos modos de interação e de relação com o próximo, baseando-se em critérios estabelecidos por instituições dogmáticas. A família foi uma das instituições que mais sofreu ou acolheu certas padronizações em sua configuração e arranjo, recebendo a tarefa de estimar duas pessoas de sexos biológicos ou gêneros opostos e seus descendentes consanguíneos (família nuclear), como se somente esta construção existisse ou fosse a única família a ser reconhecida. Arranjos que fujam do normativo, receberam ao longo da história um escrutínio rigoroso em suas formações, acarretando inclusive em rejeição por parte de outras instituições, como a religiosa, por exemplo. Nesse sentido, o modelo formado por pessoas do mesmo sexo ou gênero, pode colher situações de preconceito capazes de interferirem na plenitude da existência de seus direitos, repercutindo, inclusive, na questão da instituição da adoção. Por isso, o presente estudo busca perscrutar e relatar possíveis situações de preconceito sofridos tanto pelas famílias quanto pelos/as filhos/as adotados/as, bem como suas vivências escolares para saber se estes ou estas sofrem algum tipo de segregação ou qualquer forma de opressão na comunidade ou na escola, tanto por serem frutos da adoção quanto por serem provenientes de famílias homoparentais. Trata-se de uma pesquisa exploratória com coleta de dados por meio de questionário qualitativo, e buscou-se analisar manifestações ou situações de preconceito a partir dos relatos de seus pais e suas mães adotantes. Foi elaborado um questionário com 21 perguntas direcionadas aos pais e mães que passaram pelo processo de adoção legal, mantendo em total sigilo as suas identidades, através de uma amostra por conveniência divulgada em redes sociais e comunidades de famílias homoparentais que passaram por tal processo. Tal questionário abordou as vivências pessoais dessas famílias e situações no âmbito escolar, e verificou-se a presença do preconceito, da homofobia e despreparo das escolas em relação a este assunto. Por isso, também se objetiva com esta pesquisa descortinar mitos, equívocos e curiosidades que envolvem o tema, bem como ajudar no acolhimento dos adotivos, para que a inclusão seja melhor trabalhada tanto na comunidade quanto no ambiente escolar, e possa, assim, ser minimizada a perpetuação da intolerância.