Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Sertori, Débora Regina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/251193
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Resumo: |
Nesta dissertação, apresenta-se uma análise do complexo de Édipo como um componente intrínseco ao desenvolvimento psicossocial. Especial atenção é dada ao período da adolescência, que desempenha um papel fundamental na formação da identidade. A pesquisa investiga a maneira pela qual o complexo de Édipo atua como um fio condutor, conectando o sujeito à cultura e guiando suas jornadas de desenvolvimento. O conceito de Édipo foi inspirado na tragédia de Sófocles e foi elaborado por Freud nos estágios iniciais da psicanálise. Esse conceito desempenhou um papel central na compreensão da constituição subjetiva. Um aspecto destacado por Freud foi a universalidade da sexualidade infantil, manifestada através do vínculo amoroso com a mãe e da rivalidade com o pai. A abordagem freudiana do mito de Édipo está intrinsecamente ligada à ideia de um destino trágico resultante de proibições culturais, levando a um profundo mal-estar. Contudo, abordagens mais contemporâneas oferecem uma perspectiva em que a tragédia é moldada por escolhas individuais, enfatizando a responsabilidade do sujeito em sua própria trajetória. Tanto para Freud quanto para Lacan, o complexo de Édipo desempenha um papel crucial na estruturação do desenvolvimento subjetivo. A perspectiva de Lacan expande esse conceito, com maior foco na identidade sexual. A adolescência emerge como um período especialmente relevante, marcado pela reedição do complexo de Édipo, entendida como mais um tempo do complexo, em que as identificações sexuais ganham uma dimensão reafirmativa. Nesse momento, a identidade sexual é reafirmada explicitamente como declaração, permitindo ao adolescente se identificar com os significantes compartilhados como ideais na cultura. O adolescente passa, assim, a compor diversas narrativas que dão acesso ao reconhecimento de si e da alteridade. Deste modo, a cultura adolescente se torna uma espécie de mitologia contemporânea, constituindo uma narrativa pós-moderna. Apesar de terem um caráter ficcional, tanto a construção da identidade quanto o mito adquirem valor de verdade no contexto de relatos compartilhados, contribuindo para a formação do tecido social. |