Nível de atividade física e comportamento sedentário em indivíduos com acidente vascular encefálico: caracterização e influência sobre marcadores de risco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: André, Larissa Borba
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204131
Resumo: O interesse em avaliar os níveis habituais de atividade física (AF) e comportamento sedentário (CS) em indivíduos após o acidente vascular encefálico (AVE) tem aumentado devido à importância dessas variáveis e relação delas com marcadores de risco cardiovascular. Objetivos: Caracterizar o CS e os níveis habituais de AF e seus diferentes domínios em indivíduos após o AVE; verificar nesses indivíduos qual a relação entre o CS e os níveis habituais de AF com os marcadores de risco: modulação autonômica, frequência cardíaca de repouso (FCR) e pressão arterial (PA) de repouso; verificar se medidas do nível de AF e CS obtidas por meio de questionários estão associados a mensurações avaliadas pelo acelerômetro. Materiais e métodos: Foram recrutados voluntários com diagnóstico de AVE e realizadas avaliações do CS pelo Questionário de Comportamento Sedentário para Idosos (LASA- SBQ), nível de AF por meio da aplicação do Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ e Questionário de atividade física habitual de Baecke. Foi utilizada também a acelerometria para avaliar os níveis de AF e CS. Os marcadores de risco avaliados foram PA de repouso e FCR, além da modulação autonômica, avaliada pelos índices da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Resultados: Os valores do LASA-SBQ, IPAQ, Baecke e acelerometria indicam que estes indivíduos permanecem grande tempo em CS e a AF que realizam é de intensidade leve. Foram identificados maiores valores entre as mensurações obtidas pelo acelerômetro e aqueles obtidos pelos questionários (p<0,05) e concordância pobre tanto para o CS avaliado pelo LASA-SBQ e acelerômetro (IC95% = -0,338 – 0,282; R=2,575; CCI=-0,104; p=0,683) quanto para a avaliação entre IPAQ e acelerômetro (IC95% = -0,115 – 0,274; R=2,909; CCI=0,027; p=0,387). Os minutos semanais dispendidos em atividades leve, vigorosa e AF total apresentam diferença estatisticamente significantes, porém apresentam pobre concordância quando comparados IPAQ e acelerômetro. A atividade moderada + vigorosa apresentou concordância razoável. As concordâncias entre as classificações dos níveis de AF obtidas por meio de questionários autorrelatados (IPAQ e Baecke) e acelerômetro dos indivíduos analisados foram classificadas como fracas. Conclusão: Indivíduos com diagnóstico de AVE dispendem grande tempo em CS e realizam AF leves para lazer e deslocamento. Embora sejam leves, essa AF realizada apresenta uma relação positiva no aumento da atividade parassimpática, contribuindo para melhorar a modulação autonômica cardíaca. As medidas dos níveis habituais de AF e CS, subjetivas e objetivas, utilizadas nesse estudo em indivíduos após o AVE não apresentam concordância entre si.