Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Montanhaur, Carolina Daniel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/158280
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Resumo: |
A unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), embora seja um ambiente de cuidados especiais para garantir a sobrevivência de recém-nascidos, tende a suscitar, nas mães e familiares percepções e sentimentos ambíguos sobre os eventos relacionados a internação e, ainda, alterar a saúde emocional dos envolvidos. Esses aspectos podem ser influenciados pelo tempo de internação do bebê. O presente projeto foi dividido em duas etapas. Na primeira Etapa 1 pretendeu-se elaborar e adequar instrumentos que possibilitassem a investigação da percepção e de sentimentos que mães de bebês internados em UTIN têm a respeito desta condição. O resultado foi a elaboração dos instrumentos: Protocolo para avaliação da percepção materna sobre a condição do bebê internado em UTIN, com 24 itens e, o Protocolo de avaliação de sentimentos, com três itens de múltipla escolha, para identificação da frequência e justificativa dos sentimentos emergidos no momento da notícia, durante e após a hospitalização. A Etapa 2 é composta por cinco estudos, com o objetivo de avaliar os sentimentos e a percepção materna sobre a internação, a saúde emocional materna, o apoio social percebido e as estratégias de enfrentamentos, relacionando-os com o tempo de internação. Os dados de todos eles foram obtidos de uma amostra de 50 mães de bebês internados em UTIN da Maternidade Santa Isabel, da cidade de Bauru/SP, há pelo menos três dias. Utilizou-se para a avaliação da saúde emocional materna a Escala de Estresse Percebido, o Inventário de Ansiedade Traço-Estado e o Inventário de Depressão de Beck. Para a avaliação do enfrentamento foi aplicada a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas e o apoio social foi avaliado pela Escala de Apoio Social (EAS). No Estudo 1 o objetivo foi descrever a saúde emocional de mães de bebês internados, comparando-a e relacionando-a com o tempo de internação em UTIN. Os resultados apontaram para 12% de mães com indicadores clínicos para depressão, 38% para estresse alto e moderado, 64% de mães com indicadores clínicos para ansiedade estado e 54% para ansiedade traço. Delas 56% apresentaram dois ou mais indicadores clínicos. Houve correlação positiva entre ansiedade estado e o tempo de internação na UTIN. No Estudo 2 o objetivo foi descrever a rede de apoio social percebida pelas mães de bebê em UTIN e relacioná-la com o tempo de internação. Observou-se que as mães percebem mais o apoio de familiares, principalmente nas dimensões material, afetivo e informacional. Não houve correlação entre as dimensões de apoio social avaliadas e o tempo de internação. O Estudo 3 teve como objetivo descrever as estratégias de enfrentamento maternas, comparando-as considerando o tempo de internação e número de indicadores clínicos. Os resultados mostraram que das estratégias utilizadas as mais frequentes foram as focalizadas no problema. Não foram observadas correlações com tempo de internação e as estratégias utilizadas. A depressão foi positivamente associada com estratégias focalizadas na emoção e negativamente associada com estratégias focalizadas no problema. O Estudo 4 teve como objetivos descrever os sentimentos das mães em diferentes momentos da internação e compará-los considerando ausência e presença de indicadores clínicos. Os resultados apontaram que mães relataram mais sentimentos negativos no momento da notícia da internação e menos nos momentos da visita. A maioria relatou sentimentos positivos com relação à expectativa da alta hospitalar. Mães que relataram sentimentos negativos por ocasião da notícia também apresentaram mais indicadores durante as visitas, mesmo relatando sentimentos positivos. O Estudo 5 teve como objetivo descrever a percepção materna sobre a internação do bebê em UTIN e correlacioná-la com a saúde emocional materna. Os resultados obtidos mostraram que a percepção materna se divide entre positiva e negativa em quatro das cinco categorias avaliadas. Somente a percepção de apoio social foi percebida como negativa e associou-se negativamente com ansiedade estado. Os dados obtidos sugerem a importância de identificar como as mães percebem, sentem e os desdobramentos da vivência da internação de seus bebês para a implementação de intervenções no espaço hospitalar. |