Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Santiago, Eneida Silveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/97622
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Resumo: |
A exaltação conferida ao trabalho na sociedade ocidental concedem ao trabalhador uma identidade social, somos aquilo que fazemos e fazemos para um outro (Lei do social) que nos reconheça enquanto sujeitos desejantes, criando-se laços de investimento libidinal entre este sujeito (trabalhador) e o outro. Na relação de trabalho, a organização será este outro social, que assumirá uma função de Lei, uma função paterna, a quem o sujeito se ligará em busca reconhecimento, identificação e de realização de seu Desejo. Mais que isso, as organizações são o lugar de aprisionamento psíquico, recalcamento, sofrimento, criando uma eterna luta do Individual X Coletivo, Sujeito X Organização, Lei X Desejo. Assim sendo, este estudo apreende e analisa o enfrentamento do sujeito com a situação de trabalho, e a constituição subjetiva advinda após este encontro, a que chamamos de sujeito organizacional. Utilizando, em especial, os estudos de Enriquez e Dejours, e a partir de relatos e entrevistas sobre a trajetória profissional de trabalhadores vinculados a uma instituição universitária do estado de São Paulo, foi possível vislumbrar a utilização de mecanismos de defesa individuais e coletivos como forma de aliviar o sofrimento surgido da experiência de trabalho, bem como a construção de representações psíquicas acerca de sujeito, subjetividade, trabalho e sujeito trabalhador, e ainda a constituição/alteração de vivências materiais, sociais e históricas. Tendo como questão que o sentido construído pelo trabalhador em seu projeto de trabalho e projeto de vida faz ressonância com experiências passadas, presentes e expectativas futuras, mesmo que no ato analisador estes elos não se mostrem claramente, é de fundamental importância à clareza de que a arquitetura das análises, assim como o próprio objeto a ser analisado, é marcado pela singularidade e pelo subjetivo, permitindo diferentes exames e abordagens. |