As lacunas do silêncio: morte e velhice nos contos de Clarice Lispector

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Anjos, Vanessa Silva dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210966
Resumo: A literatura abrange tópicos que se aproximam entre si, como o silêncio e a linguagem. Para que os movimentos do silêncio façam sentido, é necessária a presença da linguagem. O silêncio é um dos temas do trabalho e, também,protagonista das narrativas de Clarice Lispector, pois é entre os monólogos e a introspecção que se instauram a morte e a velhice nos contos “Feliz aniversário”, “O grande passeio”, “Um dia a menos” e “A partida do trem”. Outro tema a ser discutido é a velhice, pois, aliada à morte e ao silêncio, permite que as personagens se movimentem, seja no espaço interno – a casa – ou externo – a rua onde buscam uma saída para a solidão. Sobre a velhice, as teorias de Simone de Beauvoir serviram como suporte para nortear o trabalho. Assim, o presente estudo tem como objetivo identificar como a personagem idosa busca, através do silêncio, uma saída para os conflitos que a afligem. Dessa forma, a fim de conectar os movimentos do silêncio, o estudo apoia-se nas teorias de Eni Puccinelli Orlandi e nas formas que o silêncio assume nas narrativas de Clarice Lispector.A obsessão de Lispector pela morte agora é um caminho para que as personagens idosas encontrem um espaço entre o abandono e a solidão. Em relação à morte, buscou-se nas teorias de Edgar Morin as mortes com um possível elo entre a velhice e o silêncio para compreender os caminhos das personagens idosas na narrativa. Qual a importância do silêncio em uma narrativa em que a linguagem não é protagonista? Por que as mortes para Clarice Lispector não são motivos de tragédia, mas sim um fato comum no cotidiano das mulheres? Alicerçados nos tópicos apresentados, tentar-se-á responder a essas inquietações com o aporte teórico aqui mencionado e a fortuna crítica de Clarice Lispector, leitura fundamental para o andamento desta investigação.