Estudo da expressão gênica dos principais metabolizadores de fase II de xenobióticos: GSTM1, GSTP1 e GSTT1 em carcinoma de células escamosas bucal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bandeira, Celso Muller [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153358
Resumo: Tabaco e álcool são considerados os principais fatores de risco para o carcinoma de células escamosas (CCE) bucal contribuindo de maneira desfavorável para o tratamento e desfecho clínico. Seus carcinógenos são metabolizados em duas fases, sendo a segunda fase realizada pelas Glutationa S-transferases (GSTs). O objetivo do presente estudo foi avaliar a expressão gênica da forma selvagem dos genes GSTM1, GSTP1 e GSTT1 por qPCR em 33 amostras de CCE bucal de fumantes, ex-fumantes e não fumantes, e 15 controles em busca de uma correlação clínica com consumo de tabaco, álcool e estadiamento clínico. A dependência nicotínica foi avaliada pelo Teste de Fagerström pra Dependência a Cigarros (TFDC) e para consumo de etílicos o Teste AUDIT. Foi observado aumento da expressão de GSTM1 no Grupo CCE fumante em relação ao Grupo Controle (p=0,0161). Contrariamente, foi encontrada uma menor expressão de GSTT1 no Grupo CCE fumante em relação ao Grupo Controle fumante (p=0,0183). No grupo CCE fumante não foi encontrada uma correlação entre a expressão dos genes estudados e fatores ligados ao tabagismo, etilismo e estadiamento clinico. No grupo Controle fumante, houve correlação entre teste AUDIT e a expressão de GSTM1 (p=0,0000). Para GSTP1 e GSTT1 houve correlação entre a expressão quando comparada a idade do paciente (p=0,0008; p=0,0095), idade de inicio do tabagismo (p=0,0033; p=0,0081), TFDC (p=0,0102; p=0,0085) e AUDIT (p=0,0052; p=0,0219) respectivamente. Para GSTT1 foi encontrada uma correlação entre a expressão e número de cigarros/dia (p=0,0175). Concluímos que as formas selvagens das GSTs estudadas apresentaram uma alta expressão nas amostras de CCE bucal, entretanto, quantitativamente essa expressão foi baixa, com grande variabilidade interindividual. Outrossim, não houve uma correlação direta entre níveis de expressão, carga tabágica, TFDC, teste AUDIT e estadiamento clínico. O aumento da expressão de GSTM1 e GSTP1 parece não ter tido um efeito protetor. A baixa expressão de GSTT1 em pacientes fumantes com CCE bucal se mostrou um potencial marcador a ser avaliado em pacientes fumantes que ainda não desenvolveram uma neoplasia maligna.