Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Menderico Júnior, Gilberto Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5177/tde-09022021-101106/
|
Resumo: |
Introdução: O carcinoma de células escamosas da cavidade oral é uma doença de alta incidência e prognóstico ruim. Dentre os principais fatores prognósticos estão a presença de metástases para linfonodos cervicais e a profundidade de invasão ou espessura do tumor primário. É demonstrado que quanto maior a espessura tumoral, maiores as taxas de metástases para linfonodos regionais e menor os índices de sobrevivência global e livre de doença. Vários fatores moleculares vêm sendo estudados para determinar este comportamento invasivo, dentre eles, os microRNAs. Os microRNAs são pequenos segmentos de RNA não codificantes que desempenham papel na proliferação, invasão e regulação de microambiente tumoral. Objetivo: Relacionar o perfil dos microRNAs e dos constituintes da matriz extracelular com o processo de invasão tumoral, perfil demográfico e prognóstico do carcinoma de células escamosas da cavidade oral. Métodos: Estudo retrospectivo com material proveniente do bloco de parafina do remanescente do material de análise anatomopatológico de pacientes operados por carcinoma de células escamosas da cavidade oral, que apresentavam espessura tumoral de 5, 15 e 25mm, além de um grupo de amostras de mucosas orais sadias de pacientes pareados. Foi realizada extração do RNA dos blocos parafinados, seguida de amplificação do material através de DNA complementar para microRNAs relacionados a adesão, migração, proliferação celular, apoptose, além de constituintes modificadores da matriz extracelular. Foram também realizadas reações de imunoistoquímica para marcadores envolvidos nos mesmos processos biológicos. Resultados: Dos 26 espécimes de carcinoma de células escamosas, 12 constituíram o grupo de tumores superficiais (com 5mm de espessura) e 14 o grupo de tumores espessos (com 15 e 25mm de espessura). A maioria dos pacientes era do sexo masculino (9 de cada grupo, 75% e 64,3%, respectivamente, com média de idade de 62,1 e 62,6 anos, respectivamente, e com um caso de óbito (8,3%) no grupo de tumores superficiais e sete (50%) dentre aqueles com neoplasias espessas. O mir21-5p foi o que apresentou melhor diferenciação entre os grupos de mucosa sadia e tumor. Na comparação entre os grupos de tumores superficial e espesso, o miRs 1-3p, 133-3p e 21-5p obtiveram melhor performance na diferenciação entre os dois grupos, estando os dois primeiros subexpressos no grupo e tumores espessos e o mir21-5p superexpresso nestes pacientes. O miR21-5p foi o que apresentou a maior acurácia na diferenciação entre neoplasias superficiais e espessas (AUC=0,753; IC95%: 0,549 - 0,957). Quanto a avaliação por imunoistoquímica, o grupo de tumores espessos apresentou maior imunorreatividade às metaloproteinases 2 e 9 e laminina alfa nos fibroblastos relacionados ao tumor, com consequente degradação da membrana basal, aferida por maior perda de continuidade do colágeno tipo IV. Este processo foi ainda associado à menor e maior expressão de miRNA1-3p e de miRNA21-5p, respectivamente. Conclusões: Entre as amostras de neoplasias espessas, miRNAs 1-3p, 133-3p apresentaram-se subexpressos e de miR21-5p superexpresso em relação às neoplasias superficiais, mediando o processo de invasão tumoral através da degradação da matriz extracelular devido à alta expressão de metaloproteinases de matriz 2 e 9 em fibroblastos relacionados ao tumor e menor continuidade de colágeno tipo IV na membrana basal |