Utilidade de calculadoras de risco na predição do diagnóstico de displasia broncopulmonar em recém-nascidos prematuros menores que 31 semanas de idade gestacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lopes, Ana Elisa Nobre [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/261375
Resumo: Introdução: A Displasia Broncopulmonar (DBP) é uma doença multifatorial, com alta mortalidade e importantes repercussões no desenvolvimento de recém-nascidos pré-termo (RNPT). A utilização de calculadoras de risco, como ferramentas para predição da DBP, pode ser vantajosa na prática clínica, dando subsídios para o planejamento da terapia adequada. Objetivo: Avaliar a utilidade de calculadoras de risco para DBP em RNPT de alto risco em uma unidade neonatal de nível terciário de assistência. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo, de janeiro 2017 a dezembro de 2021, incluindo os RNPT <31 semanas de idade gestacional, com peso de nascimento entre 501 e 1249g. Excluídos os com dados incompletos, óbitos e transferências antes de 36 semanas de idade pós - menstrual. A análise entre a predição de risco pelas duas calculadoras disponíveis pelo National Institute of Child Health and Human Development (NICHD): calculadora 1 - 2011 (calc.1) e calculadora 2 – 2022 (calc. 2) e o diagnóstico definitivo de DBP foi realizada por meio dos cálculos dos valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e coeficientes de Kappa. Resultados: A incidência de DBP na amostra total foi de 32% (31/96) e no subgrupo menor que 29 semanas de 40% (26/64). A calculadora 1 apresentou boa sensibilidade para predição da DBP, com valores mais altos nos RN menores que 29 semanas e melhor desempenho no 28º dia de vida. Já a calculadora 2 mostrou melhor especificidade e com desempenho mais constante nos 3 momentos de aferição. Dentre os 18 recém-nascidos que receberam corticosteroide (CE), nove casos (50%) apresentavam indicação da medicação, segundo a análise com a calc.1, sendo que sete deles foram identificados nas três primeiras semanas de vida. A calc.2, identificou apenas 12% dos recém-nascidos possivelmente candidatos a CE (2/16), sendo um caso no 14º DV e outro no 28º DV. Conclusões: Em relação à predição do grau de DBP, de forma, geral ambas as calculadoras não foram adequadas. A calculadora 2 foi melhor que a calculadora 1 para predição de DBP, porém ambas de maior utilidade para a predição da não ocorrência da doença. Ambas as calculadoras subestimaram a indicação de corticoide pós-natal. Assim, as calculadoras do NICHD devem ser utilizadas com cautela para tomada de decisões terapêuticas.