O luto, a lida e a luta: a atuação do movimento mães de maio.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Tavares, Ingrid Helena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253731
Resumo: Na atualidade existem muitas discussões que são permeadas pela categoria raça, com diferenciações substanciais no enfrentamento do cotidiano entre negros e brancos. Observa-se um aumento nas taxas de assassinatos em regiões periféricas, direcionada para jovens e famílias negras. Dentro deste contexto, surgiu uma mobilização de mães e familiares de jovens expostos à violência que reivindicam uma posição do sistema de justiça e visibilidade em espaços midiáticos para denunciar a relação entre a atuação do Estado e as mortes. A presente dissertação de mestrado tem por objetivo compreender a atuação do Movimento Mães de Maio, fundado na Baixada Santista do Estado de São Paulo após os crimes ocorridos entre 12 e 21 de maio de 2006. O texto apresenta um trabalho dividido em duas partes. A primeira parte aborda o racismo e a violência policial, com referências teóricas de desigualdade racial e genocídio do povo negro de autores como Ana Luzia Pinheiro Flauzina e Sueli Carneiro. A segunda parte fala sobre movimentos sociais, com autores como Maria da Glória Gohn e inclui uma descrição do Movimento Mães de Maio. Esta pesquisa é classificada como descritiva, pois busca identificar a atuação do Movimento Mães de Maio analisando suas ações nas redes sociais. A abordagem utilizada é dedutiva, partindo de um panorama geral das ações do movimento para as especificidades. Para conduzir a pesquisa, foi utilizada a análise de conteúdo de redes sociais, focando no movimento Mães de Maio, que utiliza essas plataformas para divulgar suas ações e conscientizar sobre a violência institucional e policial contra jovens negros. As postagens foram categorizadas em grupos imagéticos, textuais e híbridos, separados em discursos reivindicativos, pedagógicos, contestatórios ou denunciativos por meio de palavras-chave. Foram analisadas cerca de 226 postagens desde o início do canal em 2019 até 2022, com os dados tabelados e metodologicamente analisados para obter resultados, inferências e interpretações críticas.