Água-mãe na produção romanesca de José Lins do Rego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rechtenthal, Isabella Unterrichter [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/115787
Resumo: O prestígio de José Lins do Rego na literatura brasileira dá-se pelos romances de cunho regionalista, em que há a representação do ambiente físico e social do Nordeste, o que o enquadra no grupo dos escritores regionalistas de 1930 no Brasil. As obras principais do escritor pertencem ao chamado ciclo da cana-de-açúcar, romances que, tendo como pano de fundo o espaço do engenho e os municípios do interior da Paraíba, traçam um panorama da ordem política e econômica da sociedade patriarcal açucareira, sendo comum, muitas vezes, a manifestação, nos romances, da memória do escritor em relação aos tempos de infância e de adolescência vividos no engenho do avô. O trabalho espacial é, assim, essencial para a obra reguiana, que possui, contudo, romances que fogem à representação da sociedade nordestina e ambientam-se no Rio de Janeiro, levando a crítica a colocar esses livros em um patamar inferior às demais obras do escritor. É o caso de Água-mãe, romance ambientado na região de Cabo Frio, em que a preocupação social dá lugar à temática do sobrenatural, distanciando a narrativa das obras pertencentes ao ciclo da cana. Dado que a mudança espacial é a principal característica desse romance – adotado, aqui, como corpus de análise –, propõe-se, no presente trabalho, o estudo do espaço na produção em questão, a fim de evidenciar possíveis aproximações entre essa e as obras de cunho regional, de modo a determinar o valor e o lugar de Água-mãe no conjunto da obra do escritor. Para tal, realiza-se o estudo do espaço no romance que é o corpus e em Fogo morto – obra principal de José Lins do Rego – para, a partir dessa categoria, verificar a construção da atmosfera de decadência comum às obras reguianas e estabelecer, assim, como o trabalho do espaço, aliado às demais categorias narrativas – como o tempo e o narrador – originam a atmosfera e permitem a aproximação de Água-mãe às obras...