Aditivo fitogênico para frangos de corte, avaliação do desempenho e digestibilidade

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Corrêa, José Hernandes Marangoni
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Coeficiente de digestibilidade; Conversão alimentar; Extratos vegetais; Digestibility coefficient; Food conversion; Plant extracts
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234681

Aditivos fitogênicos são produtos originados das plantas, que têm efeito positivo sobre a produção e saúde dos animais. Atuam inibindo o crescimento de microrganismos patogênicos no intestino, melhoram a digestibilidade dos nutrientes, estimulam o apetite e consumo de ração, auxiliam a secreção de enzimas digestivas, agem como antioxidantes, aumentam a motilidade intestinal, estimulam o sistema endócrino, imunológico e a atividade anti-inflamatória. O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de aditivos fitogênicos nas dietas para frangos de corte em duas fases: 1 a 18 dias e 23 a 41 dias de idade (experimento I), avaliando seu desempenho (consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar) e na fase de 19 a 22 dias (experimento II), analisando seu efeito sobre a digestibilidade dos nutrientes. Nos experimentos foram utilizadas aves da linhagem Cobb®, distribuídas em 5 tratamentos com 6 repetições, totalizando 30 parcelas, com número variado de aves de acordo com cada experimento. O delineamento inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial (2x2+1) foi utilizado, sendo os tratamentos: DF 300 (dieta sem antibiótico com 300 g/t de fitogênico), DF 500 (dieta sem antibiótico com 500 g/t de fitogênico), DS 300 (dieta com sinergismo entre antibiótico e 300 g/t de fitogênico), DS 500 (dieta com sinergismo entre antibiótico e 500 g/t de fitogênico) e DC (dieta controle com antibiótico). O ensaio de digestibilidade foi realizado através da coleta total de excretas, durante 4 dias, com intervalos de 12 horas, ao fim as excretas foram enviadas ao laboratório de bromatologia. A partir das informações analíticas, os coeficientes de digestibilidade de proteína bruta, extrato etéreo e cinzas foram determinados. Os dados de desempenho e digestibilidade foram submetidos à análise de variância e ao teste SNK a 5% de probabilidade no SISVAR e para comparar cada tratamento com o controle, foi realizado o teste de Dunnett a 5% de probabilidade, utilizando o recurso estatístico do Excel. Através da análise de variância, foi observada diferença significativa (p<0,01) para os coeficientes de digestibilidade do extrato etéreo e cinzas (%), onde o nível de 300 g/t de fitogênico proporcionou os melhores valores. Houve interação significativa (p<0,01) entre os aditivos para o coeficiente de digestibilidade da proteína bruta (%) e, ao avaliar o desdobramento, constatou-se que o tratamento com 300 g/t de aditivo fitogênico, sem e com antibiótico, proporcionaram os melhores valores. Ao comparar cada média dos tratamentos com o controle, foi observado que os tratamentos com 300 g/t de fitogênico, sem ou com antibiótico, proporcionaram valores maiores quando comparados o controle. Para as variáveis de desempenho, nas duas fases, os tratamentos com o uso de aditivo fitogênico demonstraram ser um substituto aos antibióticos, ao manter os mesmos resultados na presença e ausência do antibiótico e ao comparar com o tratamento controle, entre os dois níveis de aditivo fitogênico, o nível de 300 g/t proporcionou os melhores valores de conversão alimentar na fase de 23 a 41 dias. Os tratamentos com a presença de aditivo fitogênico demonstraram ser uma alternativa aos antibióticos para alcançar melhores coeficientes de digestibilidade e desempenho.