Retórica e argumentatio: uma disputa entre Mem de Sá e Cururupeba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Fioreto, Thissiane [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91735
Resumo: Este trabalho é fruto de pesquisa realizada com base em método filológico, cuja função é proceder ao estudo da língua com base no texto escrito, e tem por objetivo discutir e explorar a Dissertação Sétima de História Política, composta por Luís de Siqueira da Gama para a Academia Brasílica dos Esquecidos, enfocando principalmente o seu esquema argumentativo e seu diálogo com as fontes da Retórica Antiga. A referida Dissertação tem por nome Da pena que deu o Governador Mem de Sá às arrogâncias do soberbo Cururupeba (In: CASTELLO 1969-71, p.81-95, volume 1, tomo V) e trata da pena (ou castigo) escolhida por Mem de Sá para punir o índio Cururupeba por suposta atitude de arrogância perante o governo português, com a qual o autor procura persuadir seu público, por meio de um discurso coeso e rico em recursos argumentativos, de que o clemente e benévolo governante agiu de modo sensato e coerente com os preceitos políticos, éticos e morais vigentes na época, quando castigou o rebelde índio. Os mecanismos utilizados para a composição do discurso denotam uma orientação retórica de escrita, apoiada nos antigos, especialmente Aristóteles e Quintiliano. Essa orientação é confirmada pelas circunstâncias de produção que envolviam o letrado no Brasil Colônia, no início do século XVIII.