Mulheres em foco: construções cinematogáficas brasileiras da participação política feminina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Tega, Danielle [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/98965
Resumo: A intenção desta dissertação de mestrado é fazer um estudo sobre a maneira pela qual a memória sobre a ditadura militar, especialmente a resistência política feminina, é reconstruída no filme Que bom te ver viva, dirigido por Lúcia Murat e lançado em 1989. Pautando-se por uma perspectiva que se baseia no cruzamento dos estudos de memória com o pensamento feminista, procura-se compreender o filme como manifestação da memória, verificando de que modo os paradoxos e tensões presentes articulam-se na narração da sobrevivência após um período traumático. Utiliza-se como contraponto nas disputas em torno do passado o estudo de algumas sequências do filme O que é isso, Companheiro?, dirigido por Bruno Barreto e lançado em 1997. Tem-se como apoio os debates referentes à representação de gênero no cinema para observar o modo pelo qual as convenções de feminilidade e masculinidade são (re)construídas. Diante disso, observou-se, por um lado, a ênfase nas questões subjetivas que foram silenciadas nos anos de militância no filme de Lúcia Murat; e, por outro, os limites de se manifestar a memória de um período a partir de fórmulas tradicionais de linguagem cinematográfica, como se observa no filme de Bruno Barreto. Por fim, faz-se uma discussão a respeito da necessidade de resgatar as utopias passadas na continuidade da luta pelo não esquecimento.