Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Loli, Alessandra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253443
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Resumo: |
Introdução: o coronavírus é transmitido pelo trato respiratório superior, tornando prevalentes os sintomas otorrinolaringológicos. Em pacientes hospitalizados, esses sintomas são mais evidentes, sendo necessário caracterizar e entender melhor sua evolução. Objetivo: caracterizar os sintomas e as sequelas otorrinolaringológicas em pacientes internados por covid-19 e correlacioná-las à vacinação. Métodos: foi realizado contato telefônico aos pacientes que estiveram internados em nossa instituição entre abril de 2020 e abril de 2022 por complicações da Covid-19, excluindo-se os óbitos. Foram colhidos dados demográficos, sintomas iniciais e remanescentes, tempo de internação, intubação e/ou traqueotomia e dados de vacinação. Resultados: dentre os 845 pacientes adultos internados por complicações de covid-19, 441 foram a óbito. O contato telefônico foi direcionado aos 404 pacientes restantes, porém apenas 109 responderam, sendo 59 (54,13%) homens e 50 (45,88%) mulheres, idade média de 58,61 anos (mínima 20; máxima 94). Foram formados dois grupos de estudo: grupo composto por pacientes com sintomas remanescentes e grupo composto por pacientes sem sintomas remanescentes. Dentre os pacientes que apresentaram sintomas remanescentes após 1 ½ a 2 anos (n-44; 40,37%), 27 eram homens (61,36%) e 17 mulheres (38,64%). No grupo de pacientes sem sintomas remanescentes observou-se 32 homens (49,2%) e 33 mulheres (50,7%). A faixa etária entre 21 e 70 anos concentrou o maior número tanto de pacientes com (79%) e sem (73%) sintomas remanescentes. O tempo de internação variou entre um e 75 dias, não havendo diferença estatística entre os grupos pois a maioria dos pacientes de ambos os grupos permaneceu internado por até 20 dias. A intubação endotraqueal ocorreu em 17 pacientes (15,6%), sendo sete do grupo com sintomas remanescentes e três do grupo sem estes. Dos pacientes intubados sete evoluíram para traqueotomia (três com sintomas remanescentes e quatro sem). O tempo mínimo de intubação foi de um dia e máximo de 50 dias. Os sintomas otorrinolaringológicos iniciais mais prevalentes foram: dispneia (68%), tosse (65%), obstrução nasal (47%), alteração no olfato (44%) e do paladar (42%), rinorreia (35%), cefaleia (31%), odinofagia (19%) e disfonia (16%). Sintomas remanescentes: dispneia (14%), alterações no olfato (11%), vertigem (7%), alterações no paladar (4,6%) e disfonia (3,7%). Dentre os 109 pacientes, 54 deles (49,5%) haviam sido vacinados antes de adoecerem e 30% deles havia tomado 2 ou 3 doses da vacina. Dentre os pacientes que mantinham sintomas, 20 deles haviam sido vacinados, e 27,3% haviam recebido 2 ou 3 doses da vacina. Conclusões: sintomas otorrinolaringológicos foram frequentes nos pacientes internados por covid-19, destacando-se dispneia, tosse, obstrução nasal, distúrbios olfativos e do paladar. Embora com curso favorável a longo prazo, 40% dos pacientes mantiveram sintomas remanescentes permanentes, destacando-se as alterações do olfato, do paladar e do equilíbrio. Os índices de sequelas não se relacionaram às doses de vacina. |