Fachadas verdes indiretas: potencial de sombreamento e atenuação solar de espécies ruderais de ciclo curto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nozawa, Isadora Aparecida [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/260768
http://lattes.cnpq.br/9053800788965691
https://orcid.org/0000-0002-3812-9526
Resumo: Os Sistemas de Jardins Verticais (SJVs) são definidos como qualquer forma de vegetação que se desenvolve em superfícies verticais, promovendo diversos benefícios, entre os quais se destaca a melhoria da qualidade térmica. Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo principal analisar a viabilidade do uso de fachadas verdes indiretas, constituídas pelas seguintes plantas trepadeiras ruderais de ciclo curto: Macroptilium lathyroides (L.) Urb. (feijão de rolinha), Melothria cucumis Vell. (pepininho do mato) e Momordica charantia L. (melãozinho de São Caetano), como estratégia bioclimática de sombreamento e atenuação solar. As espécies foram cultivadas em jardineiras instaladas na face oeste de um espaço de transição localizado em um dos blocos do campus da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, em Bauru (SP). A partir disso, foi realizado o acompanhamento do desenvolvimento das espécies selecionadas, o cálculo do Percentual de Cobertura Verde (PCV), a determinação do Potencial de Sombreamento (PSO), o monitoramento da radiação solar incidente e protegida, além da análise foliar (Área Foliar – AF, Índice de Área Foliar – IAF e Densidade da Área Foliar – DAF) das plantas. Os resultados indicaram que a Momordica charantia L. apresentou o melhor desempenho, necessitando de menos replantio de mudas. Essa espécie atingiu um PCV máximo de 98,57%, IAF de 5,34 e DAF de 16,18 m²/m³, com classificação do PSO como “ótimo” e atenuação solar média de 77,86%. Em relação à Melothria cucumis Vell., o PCV máximo alcançado foi de 90,48%, com IAF de 1,28 e DAF de 4,28 m²/m³, classificando o PSO como “bom” e apresentando atenuação solar média de 69,37%. Enquanto que a espécie Macroptilium lathyroides (L.) Urb. atingiu o PCV máximo de 90%, com IAF de 0,92 e DAF de 4,19 m²/m³, resultando de uma classificação do PSO como “bom” e uma atenuação solar média de 71,70%. Apesar das dificuldades no cultivo de duas espécies (Melothria cucumis Vell. e Macroptilium lathyroides (L.) Urb.), os resultados foram promissores, demonstrando o potencial das plantas de ciclo curto para o uso em fachadas verdes, especialmente como uma estratégia eficaz quando se busca crescimento rápido e proteção temporária.