Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Alves Junior, Aderaldo Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214481
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Resumo: |
A Neurocisticercose (NCC) é uma doença de grande prevalência mundial, levando a um alto impacto social e na saúde pública. A forma extraparenquimatosa da doença ocorre quando o cisticerco está presente no espaço subaracnóideo dos pacientes, provocando uma reação inflamatória no líquor (LCR) que cursa com grave sintomatologia e altas taxas de morbimortalidade. Modelos experimentais de NCC têm grande importância por permitir o melhor entendimento da doença e assim otimizar a terapêutica. Objetivamos neste estudo analisar as alterações no líquor e sistema nervoso central (SNC) de animais infectados com Taenia crassiceps em seus espaços subaracnoideos, bem como caracterizar as linhagens linfocitárias envolvidas na resposta inflamatória cerebral. Na primeira parte do estudo, 39 coelhos foram submetidos à inoculação de cistos (grupo 1, ninicial=20, nfinal=13) ou antígenos (grupo 2, ninicial=19, nfinal=12) de T. crassiceps por meio de punção das cisternas magnas, sendo observados por 6 meses com coletas periódicas de LCR para análise laboratorial, imagens de ressonância magnética (RM) e remoção encefálica para análise histopatológica. Os coelhos apresentaram aumento de celularidade e proteinorraquia no líquor com pico em duas semanas e recuperação em até três meses, sendo mais significativos no grupo 1 (cistos), além de modificação no padrão celular liquórico para um predomínio linfocitário persistente. Houve também aumento nos volumes ventriculares (hidrocefalia presente em 64,3% dos animais do grupo 1 e 55,6% do grupo 2) e na cisterna quadrigeminal (alargamento cisternal presente em 92,9% dos animais do grupo 1 e 66,7% do grupo 2) nas imagens de RM, enquanto que a análise histopatológica evidenciou padrão de meningite linfocitária discreta na maioria das lâminas de ambos os grupos e uma densidade de neurônios inferior no grupo inoculado com cistos (grupo 1) em relação ao grupo 2 (antígenos). O modelo experimental mostrou-se viável e prático em coelhos, reproduzindo as alterações observadas na NCC humana. Já na segunda parte do projeto, a imunofenotipagem do tecido cerebral para determinação do padrão linfocitário foi realizada em 19 ratos expostos a cistos de T. crassiceps em seus espaços subaracnoideos por: 1 mês (grupo 1R, n=4), 4 meses (grupo 2R, n=11) ou 6 meses (grupo 3R, n=4). Foi encontrada expressão para os marcadores linfocitários CD19, CD56, CD8 e CD4, sendo o último em uma apresentação bimodal com picos no 1º e 6º meses após as inoculações, e o CD8 com maior expressão após 6 meses de observação. |