Brasil soviético?! Nunca: anticomunismo e Estado autoritário no jornal católico “O Nordeste” (Fortaleza/CE, 1930 – 1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Pinto, José Aloísio Martins [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103154
Resumo: Analisa-se a militância anticomunista do jornal O Nordeste na cidade de Fortaleza/CE, entre 1930 e 1945. Fundado em 1922, sob os auspícios da Arquidiocese de Fortaleza, o periódico, a despeito de conceituar a República, oriunda da Constituição de 1891, de liberal e ateia, mostrava-se defensor intransigente da ordem. Adepto das diretrizes ultramontanas, o órgão empenhava-se em destruir as “forças do mal”: o comunismo, o laicismo, o liberalismo, o judaísmo, os hábitos da Modernidade etc. À vista disso, examina-se o anticomunismo nas páginas d’O Nordeste, focalizando: a tentativa do jornal de ser o organizador coletivo da sociedade civil fortalezense; o processo de formação das imagens que caracterizavam o comunismo; o apoio veemente do periódico à Revolução de 1930 e à ditadura do Estado Novo getulista; as orientações do órgão ao eleitorado católico, incluso o primordial voto feminino, para sufragar os candidatos da Liga Eleitoral Católica (LEC) e do Partido Republicano Progressista (PRP); as funções de partido político exercidas pelo O Nordeste nas eleições de 1933 a 1936 e o clamor que fazia, independentemente da conjuntura, pela instalação urgente de um “Estado forte” no Brasil com Getúlio Vargas à frente