Influência da chuva na eficácia de Bacillus thuringiensis associado a adjuvantes no controle de Spodoptera frugiperda em algodão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Cicero Antonio Mariano dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MIP
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191220
Resumo: O algodão (Gossypium hirsutum L.) tem grande relevância para a economia mundial. Dentre os principiais fatores limitantes da produção estão os problemas fitossanitários, que ocorrem em todas as fases da cultura. O inseto Spodoptera frugiperda (JE Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) é importante devido a sua capacidade de causar danos nas folhas e maçãs do algodoeiro, muitas vezes requerendo a aplicação frequente de inseticidas para o seu controle. Em geral são utilizados inseticidas químicos. Entretanto, o uso de bioinseticidas têm aumentado consistentemente, principalmente aqueles à base de Bacillus thuringiensis, chamados de Bt bioinseticidas. Fatores abióticos como a chuva também interferem na eficiência de aplicações de Bt bioinseticidas e consequentemente no controle do organismo alvo. Uma alternativa que pode dar proteção ao Bt mediante chuva é a adição de adjuvantes a calda. Porém, pouco se sabe o quanto a associação do Bt com adjuvantes afeta no crescimento vegetativo, esporulação e persistência da bactéria e o controle. Portanto é de extrema importância à compreensão das interações físico-químicas e biológicas da mistura de Bt bioinseticidas e adjuvantes. Neste contexto, objetivou-se avaliar o efeito da adição de adjuvantes nas características físico-química e biológicas dos Bt bioinseticidas nas formulações Dipel® WP e Dipel® SC submetidas à chuva artificial para o controle de S. frugiperda em plantas de algodão. Para simular a chuva, foram utilizadas as lâminas de chuva artificial de 20mm aplicada uma hora após a aplicação dos tratamentos e os tratamentos controle sem chuva. Para a avaliação de contagem de esporos com e sem efeito de chuva, foram utilizados como amostradores, uma disco foliar da parte mediana da planta. Para efeito de controle dos tratamentos, discos foliares de 10,25 cm2 foram oferecidos a lagartas até segundo instar de S. frugiperda. A mortalidade larval foi registada até 96 horas do início do experimento para cada período avaliado. Para avaliação dos parâmetros biológicos de Bt bioinseticidas e adjuvantes foram realizados testes de compatibilidade biológica, aferindo o crescimento vegetativo das colônias, esporulação e testes de eficiência de controle de S. frugiperda com suspenções de Bt nas concentrações de 106 e 3x108 obtidas das raspagens das colônias. Por fim, foram determinadas características de espectro de tamanho de gotas das caldas, tensão superficial, ângulo de contato e estabilidade de calda, pH e condutividade elétrica. Em relação aos parâmetros físico-químicos da mistura das formulações Dipel® WP e Dipel® SC e adjuvantes, os maiores tamanho de gotas e menor susceptibilidade à deriva foram observadas nas caldas da formulação WP, apresentando também os menores ângulos de contato e tensão superficial de gotas. A adição do adjuvante LI acarretou menores valores de pH e maiores de condutividade elétrica em todos os períodos de descanso avaliados. Nos testes de compatibilidade biológica, foi observado o maior crescimento vegetativo de colônias, números de esporos e mortalidade de S. frugiperda na associação de LI e Bt bioinseticidas. A aplicação de chuva artificial proporcionou uma redução de até 50% no número de esporos e controle de S. frugiperda. A adição do adjuvante LI nas caldas de Bt bioinseticidas proporcionou em maiores quantidades de esporos e controle de S. frugiperda. A persistência de esporos e controle de S. frugiperda é afetada 24 horas após a aplicação dos Bt bioinseticidas associados ou não a adjuvantes. Nos testes de persistência de esporos e controle em condições de campo, as caldas Bt bioinseticidas com adição do LI e Bt bioinseticidas isoladas proporcionaram as maiores quantidades de esporos e controle de S. frugiperda desde 1 hora após a aplicação dos tratamentos à 72 horas após a aplicação das caldas, porém foi observado uma redução gradativa na contagem de esporos e taxa de controle no decorrer do tempo de avaliação.