Comportamento de casais e estudo de paternidade em uma parcela da população de Bicudinhos do Brejo (Stymphalornis Acutirostris - Thamnophilidae - Aves), em Guaratuba, Paraná, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Sobotka, Daiane Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/26291
Resumo: Resumo: Estabilidade de casais é a base para as teorias sobre diferenças ecológicas entre áreas temperadas e tropicais. Quando o casal protege o território por longo tempo, o sistema territorial e reprodutivo é chamado de monogamia estável. Muitas aves socialmente monogâmicas realizam cópulas com um indivíduo que não é seu parceiro social, de forma a serem chamadas cópulas extra-par. O conceito de monogamia foi redefinido devido à aplicação de técnicas moleculares, sendo considerado atualmente como uma complexa interação de conflitos de interesses entre machos e fêmeas. A troca na composição do casal pode favorecer a aptidão individual, contribuindo para que o indivíduo se estabeleça em um local com qualidade superior. Foram obtidos dados demográficos de quase cinco anos de estudo e amostras genéticas de uma população anilhada de Stymphalornis acutirostris, uma espécie endêmica da Floresta Atlântica e ameaçada de extinção do litoral sul do Brasil. Mudanças na composição dos casais foram comuns e houve casos de paternidade extrapar em quatro de 30 filhotes analisados. O índice de sincronismo reprodutivo foi alto e a taxa de cópula extra-par foi baixa. A alta similaridade genética encontrada entre todos os adultos, mostra um alto grau de parentesco na população estudada. O grande número de mudanças na composição dos casais contribui para a variabilidade genética, mas pode relacionar-se com a baixa disponibilidade de alimento e/ou a baixa capacidade reprodutiva. A baixa taxa de fertilização extra-par contribuiu para seu alto índice de similaridade na espécie, o que indica reduzida variabilidade genética e consequentemente implica em preocupação para sua conservação no futuro.