Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Berriel, Letícia Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193569
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Recém-nascidos prematuros (RN PT) de muito baixo peso (MBP) frequentemente necessitam de assistência respiratória ao nascer. Um suporte ventilatório bem- sucedido nesta fase pode ter impacto positivo no prognóstico e sobrevida desses pacientes. OBJETIVOS: Comparar PT-MBP com ou sem uso de CPAP em sala de parto (SP), em relação ao tipo de assistência ventilatória necessária durante a internação e aos desfechos DBP e/ou óbito. MATERIAL E MÉTODO: Estudo observacional de uma coorte retrospectiva, cujos dados foram coletados de forma prospectiva, realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP (janeiro/2011-dezembro/2019). Incluídos PT menores que 34 semanas de idade gestacional (IG), com peso de nascimento até 1500g, nascidos no serviço. Não foram incluídos os óbitos das primeiras 24 horas de vida e excluídos os RNs com malformações maiores e infecções congênitas. Os PT foram divididos em três grupos de acordo com o suporte ventilatório em SP, sendo: G1:CPAP sim, G2:CPAP não, G3:intubação (IOT); e subdivido em três faixas de IG: < 29; entre 29-32 e ≥ 32 semanas. Avaliadas variáveis maternas, gestacionais e as relacionadas à assistência ventilatória e às morbidades neonatais. Os principais desfechos foram óbito durante a internação, DBP ou a combinação de ambos. Realizada análise descritiva com testes paramétricos e não paramétricos e modelo de regressão logística para análise das variáveis de associação (α=0,05). RESULTADOS: Analisados 362 PT (G1), 83 (G2) e 187 (G3). Os PT intubados em SP foram os de menor peso e IG. Em comparação aos grupos com e sem CPAP em SP (G1 e G2), o grupo intubado (G3) foi o que mais frequentemente utilizou ventilação mecânica (VM) (G1:48%; G2:62%; 98%; p<0,05), mais tempo permaneceu em VM (p<0,05), além de maior tempo sob oxigenoterapia (p<0,05). O grupo intubado apresentou maiores taxas de óbito e de DBP, sem diferença nos desfechos entre G1 e G2. Nos PT < 29 semanas a mortalidade e o desfecho combinado morte ou DBP foram maiores no G3; nos PT entre 29 e 32 sem todos os desfechos foram maiores no G3 e nos PT ≥ 32 semanas todos os grupos foram semelhantes quanto aos desfechos. Na análise multivariada, a intubação em SP aumentou a chance de morte e de DBP de forma independente. O tempo de ventilação mecânica associou-se com maior chance para o óbito e o tempo de oxigênio com maior chance para DBP. A não utilização de ventilação mecânica invasiva foi fator protetor para DBP. CONCLUSÃO: Não houve diferença entre os grupos com e sem CPAP em relação aos desfechos estudados, porém, o grupo intubado em SP, comparado aos demais, apresentou maior mortalidade e maior incidência de DBP e DBP/óbito. |