Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Aranha, Marize Barros Rocha [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/103503
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Resumo: |
Esta pesquisa faz um contorno de um gênero discursivo que ainda não tem sido explorado nos estudos linguísticos e que não se situa nem entre os pregões tradicionais e nem entre os textos publicitários: o pregão pós-moderno, denominado pelo senso comum de fala de camelô. Como a análise linguística das falas dos camelôs não se restringe ao linguístico em si, mas à interferência do contexto e da história nesse dizer que é força de trabalho, retornou-se aos antigos pregões, cujas considerações favoreceram o percurso histórico necessário à análise de um discurso determinado por traços de uma exterioridade marcada na linguagem que exigiu o contorno de outro gênero: o pregão tradicional. Foi necessário voltar a uma São Luís de outrora – a ilha - criada em sua realidade local, com vozes de pregoeiros que gritavam “a coisa em si” - hoje transmudada em produto, mercadoria, na voz de “outro pregoeiro” que faz parte de uma outra São Luís, não mais considerada propriamente a ilha, no sentido cultural do termo, mas a cidade, o que a ilha incorporou de urbano. As figuras ou ornamentos contidos nas falas dos camelôs foram analisados como marcas discursivas de uma nova retórica aos tempos da pós-modernidade que alterou a relação da coisa com o lugar, do vendedor com o produto, do vendedor com o comprador e do comprador com o produto, como consequência do projeto da modernidade. Foi fundamental, para esta pesquisa, postulados teóricos sobre Retórica e Argumentação em Perelman & Olbrechts-Tyteca (2005); A teoria pragmática, mais precisamente em Paul Grice (1989), John Searle (1983) e John L. Austin (1990); conceitos da Linguística Cognitiva em Lakoff &Johnson (1980), assim como conceitos da Análise do Discurso em Pêcheux (1990) e finalmente o conceito de gênero do discurso em Bakhtin (1995/2003). A metodologia obteve seu fundamento na pesquisa qualitativa... |