Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rimoli, Caroline Fernandes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/147991
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Resumo: |
Introdução: os granulomas laríngeos são lesões benignas, não neoplásicas, uni ou bilaterais, de etiologia variável, que ocorrem no terço posterior das pregas vocais ou na região aritenoídea. Os sintomas são diversos, sendo o mais comum a rouquidão. Os granulomas decorrentes de intubação são altamente recidivantes e não existe consenso quanto ao melhor tratamento. Objetivo: comparar a efetividade dos tratamentos dos granulomas laríngeos decorrentes de intubação endotraqueal. Métodos: foram realizadas revisão sistemática e metanálise proporcional de estudos sobre o tratamento de granulomas laríngeos decorrentes de intubação endotraqueal, seja ele primário ou recidivante. Os critérios de elegibilidade foram: ensaios clínicos randomizados e estudos prospectivos controlados, e na ausência destes, aceitos também estudos retrospectivos e prospectivos não controlados com no mínimo cinco participantes. Os desfechos estudados foram resolução, recidiva e tempo para resolução do granuloma. Os estudos foram identificados na base de dados Pubmed, Embase, Lilacs e Cochrane. Para a análise dos dados e metanálise, utilizou-se o programa StatsDirect 3.0.121. Resultados: dentre os 578 artigos encontrados, 61 foram lidos na íntegra e seis selecionados para a revisão, totalizando 85 pacientes, com idade variando de 21 a 86 anos. Os tratamentos encontrados foram: antirrefluxo, fonoterapia, anti-inflamatórios, corticoterapia, antibioticoterapia, sulfato de zinco e cirurgia. Para o tratamento primário, foram estudados 85 pacientes, de seis estudos, divididos em dois grupos: cirúrgico ± associações (41 pacientes), com chance de resolução de 75% (IC 95%: 0,3% a 100%, I2= 90%), e risco absoluto de recidiva de 25% (IC 95%: 0,2% a 71%), e clínico (44 pacientes), com chance de resolução de 86% (IC 95%: 67% a 97%), e risco absoluto de recidiva de 14% (IC 95%: 3% a 33%). Na interpretação da metanálise, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, já que houve sobreposição dos intervalos de confiança. Três estudos, englobando 19 pacientes, estudaram o tratamento secundário (quando houve insucesso ou recidiva após o tratamento primário), sendo que três indivíduos apresentaram nova recidiva. O tempo de tratamento necessário para a resolução das lesões variou muito, desde imediato, como após as cirurgias, como até 23 meses, no caso do corticosteroide inalatório (budesonida). O sulfato de zinco levou um tempo de quatro a 12 semanas. O tratamento antirrefluxo não teve um tempo bem especificado em todos os estudos. Conclusão: não identificamos diferença estatisticamente significativa entre as modalidades de tratamento para os granulomas de intubação. Certamente, esse resultado foi influenciado pela falta de estudos mais abrangentes e criteriosos, principalmente ensaios clínicos, e também pelo número reduzido de pacientes em cada estudo. O tratamento que apresentou menor tempo médio para resolução do granuloma foi o cirúrgico, e o maior, corticosteroide (budesonida) inalatório. |