Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Mariana Guimarães |
Orientador(a): |
Severo, Luiz Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/143063
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Resumo: |
A paracoccidioidomicose (PCM) é uma infecção sistêmica causada pelo fungo Paracoccidioides sp. A doença é endêmica na maior parte dos países da América Latina, sendo os pulmões os órgãos mais afetados. O diagnóstico de PCM é feito com base na história clínica e epidemiológica, e confirmado pela visualização microscópica das estruturas fúngicas do Paracoccidioides a partir de secreções ou tecidos. Por vezes, a apresentação clínica e os achados histopatológicos da PCM simulam os de outras doenças, como a sarcoidose, e ocasionalmente são encontradas nas lesões formas excepcionalmente pequenas do Paracoccidioides, que podem ser confundidas com outros fungos, como o Histoplasma capsulatum. O presente trabalho objetivou identificar e caracterizar os casos que simularam sarcoidose e os que apresentaram formas pequenas de Paracoccidioides dentre os 856 casos de paracoccidioidomicose diagnosticados no Laboratório de Micologia do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, no período de 1981 a dezembro de 2013. Foram identificados 8 casos mimetizando a sarcoidose e 12 apresentando formas pequenas de Paracoccidoides. Dos casos que simularam a sarcoidose, todos eram fumantes do sexo masculino, com idades variando entre 27 e 59 anos (média = 42,5 anos) e apresentaram tosse produtiva, infiltrado fibronodular bilateral aos exames de imagem e granulomas sarcoides na biópsia pulmonar, recebendo prednisona como tratamento inicial. O diagnóstico de PCM, nestes casos, foi realizado por meio de cortes histológicos corados ao GMS (n=8), exame direto do escarro (n=2) e imunodifusão (n=4). Dentre os casos que apresentaram formas pequenas do Paracoccidioides, todos eram fumantes, tinham idades variando entre 33 e 68 anos (média = 55,58 anos), 10 eram do sexo masculino, e 10 apresentavam sintomas consistentes com os da PCM (dois pacientes eram assintomáticos). O diagnóstico etiológico, em todos os casos, foi realizado por meio de cortes histológicos seriados corados ao GMS (que revelaram as formas multibrotantes patognomônicas do Paracoccidioides) e corroborado por exame direto do escarro (n=3), imunodifusão (n=6) e cultura (n=1). Com isto, ressalta-se a importância da consideração dos diagnósticos diferenciais da paracoccidioidomicose. Visto que a sarcoidose é um diagnóstico de exclusão, o achado de granulomas epitelioides sem necrose deve incitar a busca ativa por agentes etiológicos com a utilização das colorações de ZN e GMS. E nos casos em que se encontram formas pequenas ou pouco usuais do Paracoccidioides, devem-se realizar cortes histológicos seriados e escalonados corados ao GMS e utilizar técnicas laboratoriais complementares, como imunodifusão e cultura, para assegurar o seu diagnóstico. |