Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Martins, Nilson Diogo de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/190734
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Resumo: |
O processo de modelação e remodelação óssea pela influência dos impactos mecânicos não contribui para o aumento da massa e da força óssea em esportes onde a gravidade é baixa, como em atividades aquáticas. O objetivo do estudo foi comparar a massa e a densidade mineral (BMC/BMD) corporal e regional de nadadores (ambos os sexos) com outros atletas da mesma faixa etária, pessoas sedentárias e idosas. Participaram do estudo 114 indivíduos, sendo 87 do sexo masculino, divididos em seis grupos: natação (n=12), Kendo (n=10), Jiu-Jitsu (n=10), musculação (n=14), sedentários (n=30) e idosos (n=11); e 27 do sexo feminino, divididos em dois grupos: sedentárias (n=13) e nadadoras (n=14). Os participantes foram avaliados quanto à composição regional e corporal através de absorciometria de raio-X com duplo feixe (DXA), fornecendo informações sobre o conteúdo mineral ósseo (BMC) e densidade mineral óssea (BMD). As diferenças entre os grupos quanto à BMC e BMD foram analisadas pela ANOVA (uma entrada e Sidak como post-hoc) estabelecendo-se p≤0,05. Os resultados obtidos mostraram que os valores de BMC do corpo todo (2442,81 ± 359,45 g), membros inferiores (MI) (909,78 ± 136,53 g), membros superiores (MS) (326,85 ± 51,61 g) e pélvis (P) (261,73 ± 49,13 g) para nadadores homens, mostraram-se diferentes do grupo de musculação (3148,29 ± 314,07 g/cm2, p<0,001; 1217,64 ± 161,08 g/cm2, p<0,001; 444,34 ± 58,82 g/cm2, p<0,001; 405,20 ± 75,06 g/cm2, p<0,001, respectivamente). Em relação aos valores de BMD do corpo todo (1,09 ± 0,07 g/cm2), MI (1,12 ± 0,07 g/cm2), MS (0,78 ± 0,04 g/cm2), P (1,07 ± 0,08 g/cm2) os nadadores também diferem do grupo de musculação (1,28 ± 0,06 g/cm2, p<0,001; 1,39 ± 0,09 g/cm2, p<0,001; 0,88 ± 0,05 g/cm2, p<0,006; 1,36 ± 0,12 g/cm2, p<0,001, respectivamente). Todavia, homens atletas de natação não diferem em qualquer medida de BMC e BMD quando comparados aos homens sedentários e idosos. A BMD de membros superiores de nadadoras (0,704 ± 0,025 g/cm²) vs. sedentárias (0,659 ± 0,051 g/cm²) mostraramse diferentes (p=0,008). Em relação à BMD de MI, nadadoras (1,007 ± 0,060 g/cm²) e sedentárias (1,043 ± 0,075 g/cm²) não apresentaram diferenças (p=0,190). Tampouco houve diferenças (p=0,167) para BMD de P entre nadadoras (1,042 ± 0,084 g/cm²) e sedentárias (1,095 ± 0,108 g/cm²), assim como BMD corporal total de nadadoras (1,065 ± 0,071 g/cm²) e sedentárias (1,040 ± 0,077 g/cm²) também não diferiu (p=0,402). Destaca-se, em consonância com a literatura, que a natação é um esporte neutro quanto aos efeitos osteogênicos, ou seja, não se distingue daqueles oriundos da maturação biológica e envelhecimento saudável do osso, mas difere-se daqueles com elevado efeito osteogênico, como a musculação. Há, no entanto, a exceção da resposta dos membros superiores entre nadadoras e sedentárias, que se caracteriza pode estar relacionado tanto à demanda da tensão muscular da própria modalidade, sendo um efeito sexo específico da natação, ou mesmo devido ao efeito balanceado das demais atividades físicas fora do ambiente aquático, que complementam o treinamento. |