Lesões genitais em cadelas naturalmente infectadas com Leishmania infantum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bertolo, Paulo Henrique Leal [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dog
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204637
Resumo: O objetivo do trabalho foi avaliar as alterações morfológicas nos segmentos do sistema genital e na glândula mamária de cadelas naturalmente infectadas por Leishmania infantum e associar os achados com a imunomarcação da carga parasitária e das células inflamatórias, bem como, com a fase do ciclo estral nesses animais. Para tanto, foram utilizadas 20 cadelas adultas naturalmente infectadas por Leishmania infantum, não castradas, não gestantes e livres de tumores no sistema genital e no tecido mamário. As cadelas foram divididas em dois grupos, sendo G1 (n=9, fase alta de progesterona,) e G2 (n=11, fase baixa de progesterona). A carga parasitária e o imunofenótipo dos leucócitos infiltrados na mama (CD3, CD4, CD8 e MCA874) foram avaliados por meio da imunohistoquímica. No sistema genital a principal alteração histológica foi infiltrado inflamatório mononuclear com distribuição predominantemente ao redor de anexos da pele, a imunomarcação da carga parasitária e de leucócitos infiltrados foi maior na vulva em relação aos outros segmentos do sistema genital. A presença de parasitas nos segmentos da genitália interna ocorreu mais os animais do grupo G1, com diferença entre os grupos para MCA 874 e linfócito T CD3 nos segmentos de corpo e corno uterino. Já no tecido mamário a principal alteração histológica observada foi inflamação crônica, mais evidente nos animais do grupo G1, porém sem diferença significativa entre os grupos. A carga parasitária e a densidade de células imunomarcadas para CD3, CD4, CD8 e MCA874 foi maior nos animais do grupo G1 (p<0,05). A correlação positiva significativa foi observada entre a carga parasitária e os macrófagos e todos os subtipos de linfócitos T. A influência dos hormônios ovarianos parece modular a resposta imune no microambiente uterino e mamário. Aparentemente o efeito imunossupressor/ imunorregulador da progesterona induzindo uma resposta imune do tipo Th2 tanto na mama quanto no trato reprodutivo, favorece uma resposta próparasita.