Avaliação da ação da EGCG, composto do chá-verde, sobre a função endotelial em modelo in vitro de Pré-Eclâmpsia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Matheus, Mariana Bertozzi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251234
Resumo: A Pré-Eclâmpsia (PE) é uma doença hipertensiva gestacional caracterizada por importante estresse oxidativo e disfunção endotelial. A PE não tem cura e a busca por tratamentos e prevenção da doença se mostra de grande importância. Os polifenóis, de importante ação antioxidante e vasodilatadora, são substâncias amplamente encontrados em alimentos e bebidas de origem natural. Dentre eles podemos citar a EGCG, composto do chá-verde, pouco investigado no contexto da PE. Dessa forma, o objetivo desse estudo é investigar os efeitos da EGCG na função endotelial in vitro e avaliar os potenciais benefícios desse tratamento e suas implicações na PE. Considerando a importância do endotélio e a liberação de fatores prejudiciais na circulação materna, células endoteliais foram incubadas com o plasma de gestante saudável (GS) e PE para avaliação dos efeitos dessas amostras sobre as células. Para aproximar nosso modelo do organismo materno, as células também foram submetidas a uma metodologia que mimetiza a força de cisalhamento do sangue (shear stress) sobre o endotélio. Depois, células do grupo PE foram incubadas com a EGCG para avaliação dos níveis de NO, EROS e O2•-, capacidade antioxidante e níveis de MDA. Inibidores da principal via de ação da EGCG, a via PI3K/AKT/eNOS também foram utilizados: L-NAME para inibição da NOS e LY294002 para inibição da proteína PI3K. Nossos resultados apontam que a EGCG recupera os níveis de NO diminuídos no grupo PE. A ação do polifenol é diminuída nos grupos incubados com L-NAME e LY294002, indicando que o aumento de NO pelo fitoquímico se dá pela ativação da via PI3K/Akt/eNOS. Os níveis de EROS são menores no grupo PE quando comparados ao grupo GS e de O2•- similares entre os grupos, enquanto a EGCG não altera esses níveis. Entretanto, o tratamento aumenta a capacidade antioxidante no grupo PE, enquanto atenua os níveis de MDA no mesmo grupo, ações diminuídas com o uso de LY294002. No sobrenadante de células expostas ao shear stress, a EGCG aumentou os níveis de nitrito, assim como a capacidade antioxidante e também diminuiu os níveis de MDA, ou seja, sua ação foi mantida nesse modelo experimental. Sugerimos, portanto, que a EGCG atua na função endotelial, sendo um importante alvo terapêutico para a PE.