Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gómez, Yoanky Cordero [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/144328
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Resumo: |
Nosso estudo tem como objetivo fundamental analisar a construção do silêncio na obra poética de Dulce María Loynaz (Cuba, 1902-1997) e Orides Fontela (Brasil, 1940-1998), por meio de um estudo comparativo das obras de ambas as escritoras. Para essa análise, selecionamos os poemas de Dulce (Versos, 1920-1938; Juegos de agua, 1947 e Poemas sin nombre, 1953) e de Orides, (Transposição, 1969; Helianto, 1973; Alba, 1983). Para além do fato de as duas escritoras serem modernas, e vozes bastante líricas, a temática do silêncio é uma constante em seus respectivos projetos poéticos e é a partir dela que tentaremos estabelecer comparações entre ambas. Como aportes voltados para a fortuna crítica das autoras, serão mobilizados textos críticos sobre suas obras: no caso de Dulce, os trabalhos de Pedro Simón, Dulce María Loynaz, valoración múltiple (1991); de Zaida Capote, Contra el Silencio. Una lectura de Dulce María Loynaz (2009); de Virgilio López Lemus, Dulce María Loynaz: estudios de la obra de una cubana universal (2000), entre entrevistas e depoimentos da autora. Tendo em conta que poucos estudos compõem a fortuna crítica de Orides Fontela consideraremos desde os prefácios de Antonio Candido ao livro Alba (1983); alguns estudos de Benedito Nunes, A recente poesia brasileira. Expressão e forma (1991); de Alcides Villaça, Símbolo e acontecimento na poesia de Orides Fontela (1992); de Haquira Osakabe, O corpo da poesia. Notas para uma fenomenologia da poesia, segundo Orides Fontela (2002), entre outros, além de entrevistas e depoimentos da autora, nos quais podemos encontrar um grau do reconhecimento de sua elaboração poética. Ainda sobre as autoras serão desenvolvidos estudos sobre o contexto em que produziram suas obras. Para tal, recorremos à fortuna crítica, a saber, Hortensia Pichardo, Historia de Cuba (1985); Flora Süssekind, Literatura e vida literária: polémicas, diários & retrato (2004) e Maria Helena Moreira Alvez (1984): Estado e oposição no Brasil (1964-1984). Para situar a poética de ambas na modernidade, valermo-nos das contribuições de Friedrich (1991); Paz (2008;1972) e Berardinelli (2007), entre outros. Utilizaremos, ainda, o suporte dos estudos sobre o silêncio desenvolvidos por Erni Orlandi em seu livro, As formas do silêncio no movimento dos sentidos (2007), fazendo dialogar essa perspectiva com os estudos de George Steiner, Linguagem e silêncio (1988); Amparo Amorós, La palabra del silencio (1991); Ramón Parejo, Qué es silencio y qué no es silencio (2013) e Susan Sontag, A estética do silêncio (1988). As contribuições de Maurice Blanchot: O espaço literário (2007) são muito produtivas para o trabalho porque se pensa essa questão do livro como morte e pode desenvolver-se essa ideia do silêncio mesmo que não seja abordado explicitamente. Para a compreensão da construção da poeticidade, evocaremos os trabalhos de Paz (1992). Para completar o ciclo, e para que possamos bem desenvolver a análise comparativa, valeremo-nos de referenciais da literatura comparada, a saber, Steiner (2001); Machado; Pageaux (1988) e Nitrini (1997). |