Cultura e gestão do conhecimento: um estudo comparativo em fábricas de rodas no Brasil e na China

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Alcântara, Mariana Baldo Simões de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258475
Resumo: Esta pesquisa discute a relação entre fatores culturais e de compartilhamento do conhecimento operário em duas fábricas similares, produtoras de rodas automotivas, uma localizada no Brasil e outra na China. Tem-se como premissa a organização do trabalho, a manufatura e o conhecimento de forma integrada, considerando que esses fatores podem impactar o compartilhamento do conhecimento entre os trabalhadores. Foi avaliado também como a cultura de cada país influencia a cultura organizacional destas duas fábricas. O estudo realizado inclui revisão da literatura sobre gestão do conhecimento e cultura organizacional. A pesquisa de campo teve duas etapas: a) entrevistas semiestruturadas sobre cultura do Brasil e da China no ambiente operário com 5 gestores / especialistas brasileiros que trabalharam nas duas fábricas e b) avaliação de fatores de compartilhamento de conhecimento no ambiente de trabalho por meio do Analytic Hierarchy Process (AHP) de Saaty (1977) com funcionários da fábrica brasileira (21) e da chinesa (29), com discussão dos resultados com representantes de ambas as fábricas. Os resultados discutem fatores culturais, como o “guanxi”, termo chinês que descreve a capacidade de um indivíduo se conectar, principalmente para novos negócios, e o “losing face”, que se refere à perda da honra e do prestígio. As diferenças entre trabalhadores brasileiros e chineses são significativas. Pode-se exemplificar que o chinês prefere compartilhar o conhecimento por meio do cumprimento da documentação técnica, respeitando a hierarquia de maneira disciplinada, e é motivado basicamente por reconhecimento financeiro, enquanto o brasileiro ainda tem receio de perder seu emprego e é motivado principalmente por reconhecimento dos seus gestores. Os resultados permitem apoiar gestores quanto a um contexto favorável para o compartilhamento do conhecimento entre os operários e orientar iniciativas para melhorar a competitividade industrial e a organização do trabalho.