O lúdico e a educação escolarizada da criança: uma história de (des)encontros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Alves, Fernando Donizete [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101596
Resumo: Desde a consideração do ‘sentimento de infância’ que se concretiza por volta do século XVIII, o lúdico tem sido alvo de grande interesse, principalmente no campo da Educação. Nestes termos, é inevitável sua associação à educação escolarizada, particularmente da criança pequena. No Brasil, não é diferente, ou seja, é possível observar nas escolas de educação infantil brasileiras a presença do lúdico, concretizado nas brincadeiras, nos jogos, no contar e ouvir histórias. Se o lúdico é parte do cotidiano escolar da Educação Infantil cabe perguntar como ele tem sido acolhido na prática pedagógica? Sob esse questionamento, se funda esta pesquisa. Neste estudo questiona-se como o lúdico tem sido considerado e acolhido na escola de educação infantil brasileira. Parte-se da premissa de que a presença do lúdico na escola deveria se dar por seu valor educativo. Sustentada no referencial teórico psicanalítico, essa pesquisa reconhece no lúdico um rico espaço de aprendizagem para a criança, uma vez que mobiliza fantasias da ordem do erótico e do agressivo e faz delas alimento para a elaboração de um saber ao nível da razão, pela via da simbolização e da sublimação. Nisto consiste seu valor educativo, atuando em favor do processo secundário, ou seja, em favor do princípio de realidade. Nesses termos, assumir o lúdico como recurso educativo exige da escola o reconhecimento de que a educação é um processo que não se limita à intencionalidade consciente, mais que é indissociável da dimensão inconsciente, co-agente e co-produtor dos fazeres humanos. Assim, o objetivo dessa pesquisa é investigar como se dá, na prática pedagógica do professor que atua na escola de Educação Infantil da rede pública municipal do Estado de São Paulo, Brasil, o acolhimento do lúdico.