Três palavras sobre o sustento dos escravos. Brasil, colônia de Portugal, 1633-1808

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Viotti, Ana Carolina de Carvalho [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151002
Resumo: As descrições de aspectos diversos da vida dos escravos foram constantes nas narrativas sobre o Brasil ao longo do período denominado colonial. Em textos de caráter religioso, relatos de viajantes que por aqui passaram, crônicas e histórias acerca do Brasil, manuais de agricultura, compêndios médicos e cirúrgicos e em documentos administrativos, as menções ao tratamento, a atenção e a manutenção dos escravos se fizeram presentes, dando pistas sobre o que era necessário, desejável ou reprovável para aqueles que tinham a tarefa de mantê-los vivos e produtivos. Considerando essa variada documentação, notadamente os escritos produzidos entre meados do século XVII, quando as notícias sobre o escravo passam a transpor a mera constatação de sua presença nos trópicos, até a transladação da Corte em 1808 e as consequentes modificações empreendidas no cotidiano da colônia, o presente estudo objetiva interrogar as prescrições e descrições delineadas sobre o sustento dos cativos. A partir de três aspectos recorrentemente elencados como imprescindíveis para o adequado trato da escravaria, a vestimenta, a incidência de castigos físicos e a alimentação – ou, como ficaram conhecidos na máxima do jesuíta André João Antonil, os “três PPP”, pano, pau e pão –, o alvo do estudo são as prescrições, narrações e seus fundamentos, em benefício do erário, da boa moral e dos preceitos cristãos.