O design participante e a tecnologia social do bambu como opções sustentáveis na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Gabriel Fernandes dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214970
Resumo: O design participativo alinhado ao desenvolvimento sustentável se realiza junto a coletivos em condições de vulnerabilidade, e as pessoas integrantes deste grupo protagonizam o processo de criação e confecção de produtos, de acordo com seus interesses e necessidades. Nesse contexto, designers se deparam com desafios diante de questionamentos: como e quem planeja, projeta e confecciona o produto? E que produto é esse? Para explorar essas perguntas, esta pesquisa foi realizada com o objetivo de estruturar e demonstrar um processo de design junto à tecnologia social do bambu que viabilize a criação e a construção de produtos por coletivos em condições vulnerabilizadas. Adotou-se o método da pesquisa participante de Le Boterf (1987) para orientar as investigações e as ações desta pesquisa. Ao examinar tais questionamentos, propôs-se o design participante, que se caracteriza como processo de ensino-aprendizagem. Utilizou-se a terminologia participante, no lugar de participativo, a fim de distinguir “o design” que participa da vida das pessoas, daquele “design” que convida as pessoas a participarem do processo. O design participante foi estruturado junto à cadeia produtiva do bambu desenvolvida pelos artesãos da associação agroecológica Viverde, sediada no Assentamento Rural Horto Aimorés, na divisa entre os municípios de Bauru e Pederneiras (SP). O objetivo inicial deste grupo era disseminar a cultura do bambu para moradores deste assentamento, de modo a atender os interesses da comunidade. Em função do interesse na aprendizagem de diversas técnicas trabalhadas na cadeia produtiva do bambu, foi realizado um curso para auxiliá-los, promovendo a produção de produtos feitos em bambu. O programa do curso foi baseado na pedagogia do trabalho em grupo de Cohen e Lotan (2017) e foram planejadas atividades de ensino avaliáveis por meio de tarefas criativas e desafiadoras. As atividades estimularam condutas cooperativas entre os participantes, assim como responsabilidade comum pelos resultados de suas tarefas. Para observar e acompanhar a aprendizagem dos alunos, durante o curso, foram aplicadas ferramentas de avaliação e realizados registros por meio de relatórios, fotografias e vídeos. A partir da análise dos dados registrados, do exame das atividades e das experiências obtidas no desenvolvimento desta pesquisa, concluiu-se que os propósitos dos responsáveis pela promoção do design participante e a profundidade da relação estabelecida entre as pessoas determinam a qualidade dos trabalhos realizados pelos alunos e o sucesso da construção de suas aprendizagens nos conhecimentos investigados, aplicados e gerados pelo curso.