Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Danieletto-Zanna, Carolina Ferrairo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151393
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Resumo: |
Pacientes com reabilitações implantossuportadas parciais podem apresentar condições clínicas que necessitem de fluorterapia. Sabe-se que o fluoreto possui uma ação corrosiva em alguns metais, portanto o objetivo deste estudo foi investigar o comportamento eletroquímico e as alterações de superfície, dos titânios Grau 2 (comercialmente puro Grau 2 – Ti2), Grau 4 – Ti4, Grau 4 hard - Ti4h, e Grau 5 – Ti5, comumente utilizados para confecção de implantes e componentes protéticos, frente a exposição de aplicações tópicas de flúor em bochecho e gel. Espécimes cilíndricos (3mm de altura e 8mm de diâmetro) (n=20) foram confeccionados a partir de cada titânio e submetidos a metalografia. A amostra foi dividida em quatro grupos: Baseline (n=20), Controle - C (n=20), Bochecho - B (n=20) e Gel - G (n=20). No Baseline os espécimes foram caracterizados através de microdureza de Vickers, rugosidade superficial – Ra, Microscopia Eletrônica de Varredura – MEV e Espectroscopia de Energia Dispersiva – EED. No Bochecho, os espécimes ficaram imersos em saliva artificial pura (SA) acrescida de NaF (225ppm F-) e mantidos em constante agitação durante 30horas e 41minutos, simulando bochechos diários; no Gel, os espécimes foram imersos em SA acrescida de NaF (12.300ppm F-), mantidos por 1 minuto, na sequência, transferidos para solução de SA pura, na qual permaneceram por 30 minutos (processo repetido 6 vezes), simulando aplicações de flúor fosfato acidulado 1,23% e no Controle, os espécimes não entraram em contato com soluções fluoretadas. Os grupos C, B e G foram submetidos aos ensaios eletroquímicos e posteriormente tiveram suas superfícies analisadas pela Ra e microdureza. A análise da corrosão, realizado através do potencial de circuito aberto (OCP), espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) e teste potenciodinâmico, os quais foram conduzidos em saliva artificial Fusayama Meyer (pH= 6,5), obtendo parâmetros de OCP, densidade de corrente de corrosão (Icorr), densidade de corrente de passivação (Ipass), potencial de corrosão (Ecorr), capacitância (CPE) e resistência de polarização (Rp). Os dados quantitativos foram analisados estatisticamente (ANOVA, posthoc Bonferroni - p≤0,05). Na MEV, a liga Ti5 apresentou superfície com fases α e β bem definidas, confirmadas pela detecção de Al, V na EED. Não houve alteração de rugosidade entre os grupos (p>0,05, ANOVA), porém os graus de Ti apresentaram valores de Ra em ordem decrescente Ti2>Ti4≈Ti4h>Ti5. A microdureza dos titânios em ordem decrescente Ti5>Ti4≈ Ti4h>Ti2. Quanto à corrosão, a exposição das ligas à soluções contendo flúor influenciou negativamente (p<0,05) os parâmetros de OCP nas ligas Ti2 e Ti4h; Rp nas nos Ti2, Ti4 e Ti4h; CPE, no Ti2 e Ti5, nos quais a capacidade de troca de íons foi maior, respectivamente, no Gel e no Bochecho. Ecorr não sofreu alterações decorrentes da presença dos fluoretos (p>0,05), Icorr e Ipass evidenciaram influência negativa do flúor no comportamento eletroquímico das ligas Ti2 e Ti4 (p<0,05). Dessa forma, concluímos que a adição de fluoretos influenciou negativamente no comportamento eletroquímico das ligas Ti2 e Ti4, propiciando a formação de pites de corrosão e fragilização da estrutura de implantes e componentes protéticos. |