O estilo Disney de cantar histórias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva Junior, Mário Sérgio Teodoro da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150753
Resumo: Devido ao amplo interesse dos estudos da linguagem pelo texto sincrético e midiático, seus mecanismos de produção de sentido e uma metodologia de análise desse tipo de texto, este trabalho dedica-se a aprofundar a discussão do assunto. Como corpus, selecionam-se os filmes de animação dos estúdios da Walt Disney, uma vez que esses textos possuem grande popularidade e circulam com intensidade no meio social, figurando como discursos que, naturalmente, refletem muito características caras à vida cultural do mundo de hoje e das últimas décadas. Unem-se, assim, um assunto precioso à semiótica discursiva – o texto sincrético – e um assunto de interesse peculiar aos estudos do discurso em geral – o estilo no meio social. Como recorte no corpus, são escolhidos apenas quatro filmes, que obtiveram maior destaque dentre a produção dos estúdios. Três deles, A pequena sereia, A bela e a fera e Aladim, lançados, respectivamente, em 1989, 1991 e 1992, fazem parte de uma geração de títulos musicais da era conhecida como renascença Disney. O quarto filme, Frozen: uma aventura congelante, de 2013, parece retomar o estilo musical e conquistar o público em larga escala, pondo a companhia em evidência novamente. Como tópicos teóricos do trabalho, ao lado de questões da imanência do sentido e de articulações internas da expressão e do conteúdo, há também questões relativas à enunciação como uma totalidade concisa de enunciados, no tocante à ligação existente entre os títulos selecionados. Dessa forma, adentra-se o campo da autoria, procurando a definição do que se entende como um estilo próprio da Disney de enunciar, com isotopias discursivas e textuais que circulam com mais força em torno da questão musical. Recorre-se à teoria de estilo de Norma Discini, em O estilo nos textos (2013) e Corpo e estilo (2015), adicionando-se o conceito de ethos discursivo que Dominique Maingueneau discute ao longo de toda a sua obra científica. Quanto à análise semiótica, prestigia-se o plano da expressão, com base, essencialmente, na obra organizada por Lúcia Teixeira e Ana Cláudia Oliveira, Linguagens na comunicação (2009), e na obra de Pietroforte, A significação musical (2015), além de trabalhos mais específicos que dão método à análise da dimensão plástica, musical do conteúdo dos filmes. Por fim, pudemos concluir um estilo Disney essencialmente estadunidense, ligado intimamente à ideologia do Sonho Americano, e que mobiliza seus formantes em um regime de tonificação atenuação da disposição sensível e da retenção material.