Os saberes negados pela escola: aculturação e resistência na obra de Rodolfo Kusch

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Araújo, Adão Alves de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204718
Resumo: Este estudo objetiva trazer contribuições filosóficas de Rodolfo Kusch para a compreensão do contexto escolar. A pesquisa propõe-se a analisar o conceito de negado proposto pelo autor e suas implicações na formação de alunos e professores, bem como as consequências dessa mesma negação, que exclui do cotidiano escolar as práticas, saberes, experiências e toda heterogeneidade cultural, considerando-os inadequados segundo padrões estáticos de cultura e cientificidade herdados de outros povos, no caso a cultura grega e europeia. Também busca compreender o movimento das paixões no indivíduo a partir de um lugar situado que é a América profunda, como define Kusch. Adotando como metodologia a revisão bibliográfica e tomando como ponto de partida a noção de negação e fagocitação, a pesquisa formula algumas questões fundadas nas reflexões de Kusch como um caminho para a compreensão e o resgate de comportamentos e saberes originários e seminais, que se manifestam de forma única, típica do homem americano, e, até então, desconsiderada e desconhecida, pois também negada enquanto comportamento cultural originário do que Kusch chama de “estar sendo”, próprio do homem americano. O trabalho intenta também desvelar, conhecer e reconhecer, a cultura do homem, do aluno sul-americano, a partir do próprio autor e de outros pensadores do hemisfério sul.