O envelhecimento do ser no espaço: memórias de idosos em contextos de luta e conquista da terra no Pontal do Paranapanema - São Paulo - Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Fernando Henrique Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242378
Resumo: O objetivo principal desta tese é compreender como se constrói a experiência do envelhecimento rural e identificar as estratégias de resistência e a espacialidade desenvolvidas pelos idosos no contexto de luta, conquista e formação do acampamento Gercina Mendes e do assentamento Água Sumida. Discute-se também como o envelhecimento é visto na geografia e sua relação com as dimensões espaciais e sociais dos sujeitos. Partindo de um referencial teórico para a geografia do envelhecimento, propomos uma compreensão de como os conceitos espaciais desempenham um papel no exame do envelhecimento em áreas de conflito agrários, justificando uma análise relacional, com foco em múltiplos sujeitos sociais, e para além do mundo dos adultos. Para tanto, tomamos como eixo central a relação entre envelhecimento e espaço na trajetória de pessoas idosas em situações de acampamento e assentamento no Pontal do Paranapanema – São Paulo. História oral, reconstrução de memórias e uso do caderno de campo foram estratégias para geração de dados de envelhecimento. Nossa tese levanta a hipótese de que o envelhecimento constrói espaços específicos relacionados ao uso espacial e temporal em acampamentos e assentamentos, onde o trabalho é a base para que os idosos do meio rural percebam a velhice. Esses sujeitos produzem espacialidade por meio de seus corpos, práticas e relações sociais espacialmente relacionadas. Casas e lotes são entendidos como espaços de memória e trabalho, e a terra como meio de reprodução da vida. De modo geral, o trabalho apresenta as múltiplas possibilidades de se estudar a idade por meio da geografia, buscando ampliar e aprofundar a compreensão do envelhecimento a partir das dimensões dos sujeitos sociais e do espaço, aqui entendido por meio de princípios de indissociabilidade e multidimensionalidade.