Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Denadai, Renan |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181982
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Resumo: |
O objetivo do presente trabalho foi avaliar os corpos lúteos (CL) formados em decorrência da aspiração folicular guiada por laparoscopia (LOPU) na espécie ovina, quanto ao desenvolvimento morfológico, funcionalidade e potencial de desenvolvimento gestacional. Foram realizados dois experimentos, em ambos o estro das ovelhas foi sincronizado utilizando dispositivo intravaginal de acetato de medroxiprogesterona por 14 dias, aplicação de 140 μg cloprostenol no quarto dia e retirada do dispositivo no décimo quarto dia com concomitante administração de gonadotrofina coriônica equina (eCG). No Experimento I, 48 horas após a remoção do dispositivo realizou-se a LOPU dos folículos ovarinos em seis ovelhas (Grupo LOPU – LG), ou a LOPU associada com reposição de células em sete animais (Grupo reposição – RG) em cinco animais a ovulação foi espontânea (Grupo controle – CG). Foi realizada avaliação ultrassonográfica ovariana dos animais diariamente até o momento de uma nova ovulação e coleta de sangue para dosagem de progesterona (P4) plasmática a cada 48 horas até o decimo quinto dia. Os animais do LG (1,7±0,5) e RG (1,4±0,5) formaram mais CLs do que os animais do CG (1,0±0,0). A área lútea individual dos CLs foi menor no LG (0,69±0,30 cm2), em comparação ao RG (0,79±0,25 cm2) e CG (0,85±0,32 cm2). A área lútea total foi semelhante entre o LG (1,2±0,4 cm2) e RG (1,1±0,5 cm2), sendo ambas maiores que a do CG (0,9±0,3 cm2). A concentração de P4 plasmática não diferiu entre os grupos, ficando acima de dois ng/mL na fase estática de desenvolvimento dos CLs. No Experimento II, após 48 horas da retirada do dispositivo intravaginal realizou-se a LOPU de todos os folículos ovarianos visíveis. Os complexos cúmulus oócito (COCs) obtidos foram avaliados por estereomicroscopia, um COC autólogo com expansão das células do cúmulus foi transferido para o interior do oviduto de cada ovelha, ipsilateral ao ovário do maior folículo aspirado e inseminação artificial (IA) guiada por laroscopia no corno uterino do mesmo lado. Após as transferências dos oócitos e IA as fêmeas foram acompanhadas diariamente por ultrassonografia trasnretal e dosagem de P4 plasmática por 18 dias. Ocorreu a formação de 2 CLs em cada animal, estes apresentaram produção de P4 crescente em fase inicial, que se estabilizou em concentrações superiores a 2 ng/mL. Uma das ovelhas apresentou diminuição nas concentrações de P4 e redução da área lútea no final do período das observações. Duas ovelhas se apresentavam gestantes à ultrassonografia realizada 35 dias após a transferência dos oócitos, e os partos normais ocorreram aos 151 e 153 dias, respectivamente. A partir das informações dos dois experimentos conclui-se que a LOPU em momento pré-ovulatório leva a formação de CLs funcionais em ovelhas, que o procedimento leva a formação de CLs acessórios, a transferência autóloga de células foliculares leva ao incremento da área lútea, e os animais apresentam concentrações plasmáticas similares à ovelha com CL decorrente de ovulação espontânea, sendo possível o desenvolvimento de gestação normal. |