Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Flauzino, Camilla Aparecida de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192229
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Resumo: |
O pequi (Caryocar brasiliense Camb.), fruto típico do Cerrado brasileiro, é rico em lipídios e compostos antioxidantes. Além de ser utilizado na alimentação, de sua polpa é extraído um óleo de relevante valor comercial. A extração do óleo da polpa feita por prensagem a frio origina uma torta residual (TR) parcialmente desengordurada. As tortas resultantes desse processo, bem como as partes descartadas como o endocarpo espinhoso (EE), possibilitam a extração de compostos de interesse, como óleo residual e compostos bioativos. Considerando a crescente demanda desse óleo e consequentemente a elevada quantidade de resíduos gerados, surgiu a necessidade de compilar informações sobre seu potencial nutricional, investigando sua possível utilização como matéria-prima para reaproveitamento sustentável de forma eficiente e segura. Para tanto foi determinada a composição centesimal, os biocompostos (compostos fenólicos totais, flavonoides totais, carotenoides totais e vitamina C), a composição mineral, a composição em ácidos graxos do óleo extraído da TR e do EE do pequi, bem como a avaliação da atividade antioxidante de ambos. A TR e o EE apresentaram consideráveis teores de proteínas, fibras, carboidratos e principalmente de lipídios (30,9% na TR e 32,6% no EE). Na fração lipídica de ambos os materiais avaliados prevalecem os ácidos graxos oleico (60,29% na TR e 57,44% no EE) e palmítico (33,41% na TR e 35,08% no EE). Os mesmos apresentaram-se como fontes interessantes de compostos fenólicos totais (372 e 480,5 mg EAG/100g na TR e EE, respectivamente) e carotenoides totais (7,75 e 6,35 mg/100g na TR e EE, respectivamente), bem como considerável atividade antioxidante (15,4 e 16,3 EC50 em mg/mL na TR e EE, respectivamente). A TR e o EE demonstraram possuir teores apreciáveis dos diferentes minerais analisados, com predominância dos macronutrientes K e N, e dos micronutrientes Mn, Zn e Fe. Uma possibilidade, é que a atividade antioxidante intermediária, bem como as consideráveis concentrações de lipídios, compostos fenólicos e carotenoides totais presentes no EE, se deva a polpa que permanece aderida após a extração manual, devido à presença de espinhos que dificulta sua retirada por completo. Observando-se a composição dos materiais avaliados, verifica-se o potencial desses como matéria-prima para o desenvolvimento de produtos para alimentação humana e concentrados de fibras e proteínas, bem como para a indústria farmacêutica. Sendo assim, ambos apresentaram uma aplicação economicamente viável e ambientalmente correta dos resíduos da extração a frio do óleo do pequi. |