O capitalismo popular como reformulação neoliberal do senso comum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sanches, Rodolfo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210907
Resumo: O capitalismo popular a que se refere esta pesquisa é um conjunto de medidas políticas e econômicas que visavam, nas experiências analisadas do Chile e da Inglaterra, responder às necessidades das classes dirigentes e dominantes em manter níveis cada vez maiores de acumulação, ao mesmo tempo em que deliberadamente procuravam estabelecer, especialmente entre estes mesmos, bases de um consenso amplo em que estimula-se uma adesão aos preceitos que orientam estas políticas, a saber os de cunho neoliberal, e também um apassivamento das classes subalternas. Ademais, o capitalismo popular nos ajuda a identificar algumas das bases históricas e teórico-conceituais fundamentais da reformulação neoliberal do consenso no interior do senso comum. Este consenso neoliberal aparece tanto como síntese quanto como mediação entre aquilo que se apresenta como universal – a defesa irrestrita do mercado, ou a “positividade” da relação social fundamental do capital –, particular – a posição e o pertencimento de classe, ou seu ocultamento no caso neoliberal – e o singular – esta nova subjetividade. A um só tempo foi: uma política estatal de venda dos ativos públicos para a esfera privada, e com especial atenção para os pequenos e individuais investidores; e um compósito ideológico que serviu de amálgama e estímulo para esta subjetividade empresarial de si própria.