O Bandeirante de Cristo: a construção hagiográfica sobre Frei Galvão, primeiro santo brasileiro (1922-1954)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Dirceu Rodrigues da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144549
Resumo: Apresentar uma reflexão sobre a construção da santidade nas hagiografias do primeiro santo brasileiro, Antônio de Sant’Anna Galvão, é o que propomos neste trabalho. Portanto, buscou-se historicizar as hagiografias compreendidas entre os anos de 1922 a 1954, período que compreende uma forte produção bibliográfica no sentido de legitimar a construção hagiográfica acerca do santo. Por meio do contato com essas fontes hagiográficas e, posteriormente, o empreendimento de uma análise destes documentos, pudemos levantar uma hipótese acerca das primeiras hagiografias de Frei Galvão em que o conceito fluido de santidade transformava-se concomitantemente a fim de atender aos interesses dos autores e grupos que produziram a fonte. A santidade de Frei Galvão estaria associada, no contexto do Centenário da Independência (1922), a um herói, ainda que paulista, representante dos anseios da pátria. Após os conflitos de 1932 em São Paulo e devido ao crescimento do ufanismo paulista culminado com as efemérides do IV Centenário da cidade (1954), a santidade do Frade ficou atrelada ao mito bandeirante, em que as hagiografias passam, então, a tratá-lo, embasado numa genealogia tão ao gosto do padrão da época estudada, como um herdeiro das qualidades paulistas, um Santo Bandeirante.