Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá...: sobre o Projeto Inajá e a formação de professores no médio Araguaia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moreira, Williane Barreto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/137751
Resumo: Neste trabalho formulamos uma versão histórica sobre a formação de professores de Matemática na região do Médio Araguaia, estado de Mato Grosso, partindo do Projeto Inajá, no período de 1980 a 1990. Para desenvolvermos nossa pesquisa adotamos a História Oral como metodologia. Através dela constituímos narrativas que, juntamente com outras fontes escritas e imagéticas, nos permitiram narrar sobre a formação de professores na região, no referido período. Assim, abordamos um curso ofertado no Médio Araguaia, em uma época em que o fluxo migratório para a região estava em pleno movimento e acontecia um aumento significativo da população, necessitando assim melhorar e qualificar os professores que ali atuavam. Isso se deu por incentivo de pessoas da região que sofriam pela carência e urgência da mudança educacional. O curso ocorreu de modo inovador para atender aos professores leigos, sendo ofertado em etapas no período de férias, bem como adotou uma metodologia diferenciada que foi moldada dia a dia, conforme nossos entrevistados. O Projeto Inajá aconteceu em dois momentos distintos, atendendo mais de 300 professores leigos, ou seja, professores que já atuavam em sala de aula e não possuíam formação alguma para atuar. Por meio dos cursos desse projeto, os professores envolvidos obtiveram a formação em nível de magistério, para atuar nos anos iniciais do ensino fundamental. Cumpre lembrar que esta pesquisa faz parte de um projeto do Grupo História Oral e Educação Matemática (Ghoem), que visa a um mapeamento sobre a História da Educação Matemática Brasileira e especificamente sobre a formação e atuação de professores de Matemática em suas distintas regiões. Dessa maneira, contribui significativamente com este projeto ao mostrar que o Inajá, mesmo sendo um curso em caráter emergencial, implicou mudanças na realidade educacional das localidades envolvidas, trazendo novos elementos para a discussão sobre a formação de professores de Matemática no Brasil.